Renault está se preparando para substituir Carlos Ghosn

O governo francês, que tem uma participação de 15% na Renault, solicitou uma reunião de conselho para considerar candidatos que podem substituir Ghosn.

Carlos Ghosn foi o arquiteto da aliança Renault-Nissan e trouxe a Mitsubishi a bordo em 2016 (Wikimedia)

A Renault está se movimentando para substituir seu presidente, Carlos Ghosn, que está detido sob acusações de má conduta financeira, de acordo com reportagens da mídia.

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A montadora francesa mantém Carlos Ghosn como diretor-executivo e presidente desde novembro de 2018, quando ele foi detido pela primeira vez.

As notícias surgem após o Tribunal de Tóquio ter negado um pedido de liberdade sob fiança para Carlos Ghosn na terça-feira (15).

Os advogados de Ghosn, que nega qualquer irregularidade, disseram que ele poderá ser mantido em custódia por meses.

Ghosn, de 64 anos, foi o arquiteto da aliança Renault-Nissan e trouxe a Mitsubishi a bordo em 2016.

Tanto a Nissan como a Mitsubishi tiraram Ghosn da presidência após sua detenção, mas a Renault o manteve até agora enquanto ele aguarda julgamento.

O governo francês, que tem uma participação de 15% na Renault, solicitou uma reunião de conselho para considerar candidatos que podem substituir Ghosn, de acordo com reportagem da Reuters, citando fontes.

A reunião de conselho pode ocorrer neste fim de semana, de acordo com as reportagens.

O chefe executivo da Michelin, Jean-Dominique Senard, foi apontado em várias reportagens como provável candidato para substituir Ghosn como presidente.

A Renault não respondeu imediatamente a pedidos para comentários.

Os advogados de Ghosn, que nega qualquer irregularidade, disseram que ele poderá ser mantido em custódia por meses (Wikimedia/World Economic Forum from Cologny, Switzerland)

Ghosn foi acusado no ano passado de subnotificar o valor de seu salário por cinco anos até 2015.

Na semana passada, uma nova acusação considerou que ele subnotificou o valor de seu salário por outros três anos.

Ghosn também foi indiciado por quebra de confiança, pela qual ele é acusado de transferir altas perdas por investimentos pessoais para a Nissan.

Sua longa detenção sem julgamento atraiu críticas e aumentou as suspeitas de poder político dentro da aliança.

O executivo nascido no Brasil foi chamado de herói no Japão por levantar a Nissan.

A Renault foi vista como parceira dominante por causa de sua participação de 43% na Nissan, apesar de vender menos veículos. A participação da Nissan na Renault é de apenas 15%.

Fonte: BBC

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