Novas cédulas de iene serão introduzidas

Um anúncio oficial sobre as notas, que estão passando pela primeira reformulação desde 2004, deve ser feito em breve.

Na imagem acima as cédulas de iene atualmente em circulação (banco de imagens)

O Japão planeja introduzir novas notas de 10.000, 5.000 e 1.000 ienes com avançados elementos antifalsificação, disseram fontes familiares ao assunto nesta terça-feira (9).

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As cédulas vão destacar, respectivamente, o industrial Eiichi Shibusawa (1840-1931), a educadora Umeko Tsuda (1864-1929) e o médico e bacteriologista Shisabasuro Kitasato (1853-1931), disseram as fontes.

Um anúncio oficial sobre as notas, que estão passando pela primeira reformulação desde 2004, deve ser feito em breve. De acordo com a NHK, as notas devem entrar em circulação daqui a alguns anos.

A foto acima exibe amostras das novas cédulas de 10.000, 5.000 e 1.000 ienes (Kyodo)

Shibusawa é amplamente conhecido como o “pai do capitalismo japonês”. Ele fundou o primeiro banco moderno do Japão, chamado de Primeiro Banco Nacional, que atualmente é o Mizuho Bank.

Tsuda é lembrada como cristã e pioneira na educação para mulheres no país. Ela fundou o que agora é a Universidade de Tsuda em Tóquio.

Kitasato é conhecido por ter ajudado a descobrir um método para prevenir tétano e difteria e, no mesmo ano que Alexandre Yersin na França, descobriu o agente infeccioso responsável pela peste bubônica.

As atuais cédulas destacam o educador Yukichi Fukuzawa (1835-1901) na nota de 10 mil, a novelista da era Meiji Ichiyo Higuchi (1872-1896) na cédula de 5 mil e o microbiologista Hideyo Noguchi (1876-1928) na de mil ienes.

Sob o plano, o governo também substituirá a moeda de 500 ienes por uma nova, mas manterá a atual nota de 2 mil ienes em circulação.

De acordo com fontes, as novas notas vão destacar, à partir da esq., o industrial Eiichi Shibusawa, a educcador Umeko Tsuda e o médico e bacteriologista Shibasaburo Kitasato (Kyodo)

Fonte: Mainichi, NHK

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Estrangeira que não falava japonês se tornou enfermeira

Publicado em 9 de abril de 2019, em Sociedade

O laço entre ela e a professora japonesa foi o apoio para se formar, passar no exame e realizar o sonho de ser enfermeira. Saiba detalhes da história dela.

Enfermeira e a estrangeira que realizou o sonho de se formar em enfermagem (Pixabay/Daily)

Abril é o mês dos jovens começarem uma nova vida, o começo da carreira. Para Tran Nguyen Kim Dao, vietnamita, 27 anos, de Kobe (Hyogo), não é diferente. Iniciou o mês no hospital dando o primeiro passo para a realização do sonho de ser enfermeira no Japão.

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Relembra o passado, há uma década, quando chegou ao Japão com 17 anos, com o ensino médio já concluído no seu país. Nada sabia de japonês e pensava “não preciso aprender o idioma para trabalhar na fábrica de calçados”.

Seus pais já moravam em Kobe, quando ela e seu irmão mais novo chegaram.

Depois de conhecer a professora chamada de “mãe” pelos estrangeiros, na escola ginasial do seu irmão, foi mudando de ideia.

A mestra que mudou a vida dela

O encontro com a professora Keiko Kusa mudou a sua maneira de pensar. Passou a não querer ser vista como mais uma estrangeira ou se justificar “porque sou estrangeira” nas situações diversas.

Durante a sua exaustiva jornada de trabalho passou mal e foi ao hospital. Sem saber falar o idioma e sem compreender o sistema japonês Dao relembra que sentiu medo quando estava na sala de espera. “Se me tornar enfermeira vou poder ajudar meus familiares e outros estrangeiros”, pensou. E isso se tornou um decreto na vida dela.

Quando a professora Keiko soube disso, passou a se empenhar para ajudá-la a aprender o idioma. Ela teria dito “para trabalhar como enfermeira precisa estar afiada no japonês, conhecer as regras da sociedade, juntar dinheiro para estudar”.

Assim, sob sua orientação Dao se matriculou no colegial, retornando aos bancos escolares. Trabalhava de dia e ia à escola de noite.

Sonho de se tornar enfermeira

Enquanto prosseguia seus estudos e trabalhava para economizar o que mais ouviu foi “até para os japoneses é difícil passar no exame”, pelos professores da escola; “pra que se esforçar tanto”, pelos familiares ou “imagine que vai conseguir”, pelos amigos.

A mestra que a apoiou incansavelmente e Dao (Daily)

Sem dar ouvidos para esses comentários prosseguiu estudando. A sua professora de japonês se empenhou em encontrar uma faculdade onde pudesse fazer o curso. Formou-se no colegial e foi para a faculdade de Enfermagem, se superando todos os dias.

Depois de formada, na primeira tentativa de exame nacional não conseguiu passar. Mas não desistiu.

Queria ter cuidado da mestra como enfermeira

Recebeu a notícia de que professora Keiko com quem estabeleceu um laço muito forte estava com câncer, faltando 2 meses para o seu segundo exame, no ano passado. Foi ela que ensinou todos os termos técnicos difíceis e o vocabulário em japonês. Mesmo enferma, continuaram trocando e-mails.

No hospital a professora Keiko lhe disse sorrindo “Dao, você consegue. Vá em frente que eu também vou me esforçar”. Três semanas depois, a pessoa que mais a apoiou se foi para sempre.

Em março deste ano Dao recebe a notícia de que foi aprovada no exame nacional. Foi até o oratório unir as mãos e agradecer à sua mestra. Queria ter cuidado dela como enfermeira, queria mostrar que conseguiu.

Em oração comunicou à mestra e amiga que inicia o trabalho como enfermeira. “Devo tudo à professora, dou graças a ela por ter me ensinado tudo e pelo seu apoio”, contou.

“Quero ser uma enfermeira que ajuda tanto os japoneses quanto os estrangeiros. Desejo que os estrangeiros saibam que podem ser enfermeiros”, finalizou.

Fonte: Daily

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