A seemingly lifeless desert has sprung into life and transformed into a purple oasis https://t.co/3IxykIp2XK
Publicidade — Metro (@MetroUK) October 22, 2021
A pata de guanaco e a ananuca amarela estão entre as 200 espécies de flores que podem desabrochar em um ambiente inóspito que recebe uma média de 0.01cm de chuva por ano.
Algumas partes do deserto podem seguir anos sem ver uma gota de chuva. As dunas de areia do deserto do Atacama são os locais mais secos da Terra.
Mas esse laboratório natural em torno de Copiapó, cidade a 800Km ao norte de Santiago, está oferecendo aos cientistas uma chance para estudar como tais espécies podem se adaptar a climas extremos.
Nesse caso ele é criado por um ecossistema complexo em que as sementes das flores podem ficar latentes no solo por décadas esperando chuva suficiente para permitir que venham à vida.
“Quando há uma certa quantidade de precipitação, que é estimada em cerca de 15 milímetros cúbicos, isso desencadeia um grande evento de germinação”, disse a bióloga Andrea loaiza da Universidade La Serena à AFP. A floração surpreendente é conhecida localmente como “deserto florido”.
A floração é irregular disse Loaiza, e a última significativa aconteceu em 2017. Mas isso pode não acontecer para sempre.
O ecossistema é “muito frágil porque ele já está no limite”, disse Loaiza, acrescentando que “qualquer interrupção poderia quebrar o balanço”.
Há mais de 200 espécies de flores no deserto do Atacama no norte do Chile e algumas podem não florescer por décadas.
É muito importante estudar essas espécies para compreender como elas sobrevivem em tais condições extremas, visto que especialistas dizem que o aquecimento global pode transformar muita regiões férteis em desertos como o Atacama.
Fonte: France 24