Em setembro começou a colheita de arroz na região Tokai, mas alguns agricultores foram afetados pelo tufão Shanshan. É uma esperança para resolver a escassez do arroz, também chamada de crise do arroz Reiwa.
Na cidade de Nishio (Aichi), a colheita do arroz da variedade Koshihikari está no auge. Há 48 agricultores cultivando arroz na cidade, e a colheita começou em meados de agosto. Felizmente, não foram afetados pelo tufão, e estão otimistas em relação ao rendimento e à qualidade, no mesmo nível dos anos normais.
“Eu estava realmente preocupado com o crescimento do arroz devido à seca contínua e à falta de água, mas de alguma forma conseguiu sobreviver ao calor intenso e vamos ter uma boa colheita, então me sinto aliviado”, disse Onoda, um agricultor da cidade.
Em Gifu a colheita foi prejudicada
Por outro lado, na cidade de Ogaki (Gifu), o Rio Kuise transbordou devido às fortes chuvas causadas pelo Shanshan e muitas propriedades de cultivo do arroz ficaram submersas até a altura dos joelhos.
Toshiharu Yamada, que cultiva arroz em uma área de aproximadamente 30 hectares, diz que sua produção foi severamente afetada.
“Dá para ver que é branco mas está com lama. Não me lembro de alguma vez da inundação ter chegado até a panícula”, lamentou o diretor da fazenda Minami Ichihashi, Toshiharu Yamada.
Além disso, os entulhos trazidos pela inundação estão entre as plantas do arroz, o que demandará muito trabalho para a retirada. “Temo que os grãos do arroz não cresçam bem ou mesmo que se desenvolvam podem ser de baixa qualidade”, explicou com preocupação. Há outro porém: se tiver que fazer a colheita terá que ser manualmente por causa dos entulhos. A colheita estava programada para começar em 17 deste mês, mas terá que ser avaliada.
Crise do arroz Reiwa
O arroz desapareceu das prateleiras em agosto. Um atacadista, o Komeyoshi, em Nishi-ku, cidade de Nagoia (Aichi), costuma ter um armazém com 30 variedades diferentes, de todo o país, onde vende o arroz branco (sem casca, farelo e germe) para os restaurantes e no varejo.
“No momento, quase não temos nada em estoque. Normalmente, nesta época, há pilhas até o teto, mas este ano, só foram saindo”, explicou Saki Noda, presidente da empresa.
“Conseguimos garantir quantidades no atacado para restaurantes e hospitais, mas devido à escassez, paramos de vender a peso para o varejo desde o final de agosto, e o que temos é apenas o que está nas prateleiras”, lamentou.
Até quando durará esta escassez de arroz? E o preço?
“Conseguimos que os agricultores de Iga (Mie) nos trouxessem o arroz recém-colhido, mas é só o que está exposto. Acho que a partir de 10 da próxima semana, o arroz novo colhido em Aichi e Mie deverão chegar”, avalia Noda.
No entanto, avisa que os preços do arroz novo deverão subir. “Na etapa do arroz integral, o preço deverá ser de 170 a 180% mais caro, e para algumas variedades poderá subir até o dobro”, avalia.
Segundo informações obtidas por ele, tem recebido feedback de que os agricultores da região Tohoku foram afetados em cerca de 10% pelo tufão Shanshan. Por isso, espera-se que o impacto não seja tão grande.
Fonte: Tokai TV