
A Casa Branca detalhou como a China enfrenta tarifas de até 245% devido às suas ações de retaliação (ilustrativa/banco de imagens)
A China declarou que não dará atenção se os Estados Unidos continuarem com o “jogo dos números das tarifas”, conforme afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país asiático nesta quinta-feira (17), após a Casa Branca detalhar como a segunda maior economia do mundo enfrenta tarifas de até 245% devido às suas ações de retaliação.
Em um documento informativo divulgado na terça-feira (15), a Casa Branca destacou que as tarifas totais da China incluem a mais recente tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para abordar a crise do fentanil e tarifas de entre 7,5% e 100% em bens específicos para enfrentar práticas comerciais injustas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas adicionais sobre todos os países há duas semanas, antes de, subitamente, voltar atrás em tarifas “recíprocas” mais altas para dezenas de países, mantendo, no entanto, os valores punitivos sobre a China.
Pequim elevou suas próprias taxas sobre produtos dos EUA em resposta e não buscou negociações, afirmando que elas só podem ser feitas com base em respeito mútuo e igualdade.
Entretanto, muitas outras nações começaram a considerar acordos bilaterais com Washington.
Na última semana, a China também apresentou uma nova queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC), expressando “grave preocupação” com as tarifas dos EUA, acusando Washington de violar as regras do corpo comercial global.
Nesta semana, a China nomeou inesperadamente um novo negociador comercial, que seria fundamental em qualquer conversa para resolver a crescente guerra tarifária, substituindo o líder poderoso do comércio Wang Shouwen por Li Chenggang, seu enviado à OMC.
Washington declarou que Trump estava aberto a fazer um acordo comercial com a China, mas Pequim deveria tomar a iniciativa, insistindo que a China precisava de “nosso dinheiro”.
Fonte: Arab News