Saiba onde fica a rodovia mais estreita do Japão

Curiosidade: saiba onde fica a rodovia provincial mais estreita do Japão, com pouco mais de 1 metro de largura.

esta é Hotojima, local turístico, onde tem a rodovia provincial mais estreita do Japão (divulgação)

“Essa ‘rodovia’ é ótima para quebra-vento”, diz a idosa Harumi Takeda, 78, que carrega uma cesta de compras nas costas, chamada de tebo em japonês, de volta para sua casa. Assim começa a matéria publicada no jornal Mainichi, como se fosse um conto.

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idosa caminha pela rodovia

“Apesar do vento frio que soprava forte, essa ‘rodovia’, é como se fosse o recheio de um sanduíches entre as casas e, de fato, é silenciosa”, descreve o repórter.

Rodovia provincial 612

A rodovia provincial de número 612, entrelaça-se como um labirinto da Ilha Hoto (Hotojima), pertencente à cidade de Tsukumi, da província de Ooita. Ela tem 256 metros de comprimento e a parte mais estreita da ‘rodovia’ tem 1,2 m de largura. O trecho mais largo tem 1,8 m.

Apesar das medidas é considerada rodovia. Conta a história que 3 anos atrás, o Escritório de Engenharia Distrital de Usuki, denominou-a rodovia provincial, para diferenciá-la das ruas municipais. E, assim, os munícipes passaram a comentar sobre ela como ‘rodovia provincial’.

Mesmo os ilhéus quando pensam em ‘rodovia provincial’ imaginam uma rua ou avenida movimentada e, nunca uma ruela como essa.

E os próprios brincam dizendo que “é a menor do Japão”, ou “a mais estreita do país”, ou ainda “tem mais gatos que gente passando por ela”.

A ‘rodovia provincial’ que não passa de ruma ruela, acaba chamando à atenção dos turistas pela bizarrice.

a rodovia provincial mais estreita do Japão acabou ficando famosa e chama à atenção dos turistas (divulgação)

Turismo na ilha da rodovia mais estreita

A pequena ilha tem apenas 900 habitantes, área 0.86K㎡, e é famosa pela pesca do atum. Ela tem o título de “Patrimônio Histórico e Cultural”, como um dos 100 locais a serem preservados para o futuro, por ser uma ilha de pescadores.

Tem um dos pratos mais famosos do Japão – hyugadon – que é uma tigela de arroz coberta de atum picadinho, temperado com gergelim, cebolinha, shoyu e outras especiarias.

O acesso à ilha é feito de barco, em 6 horários por dia, partindo da cidade de Tsukumi.

beleza do por do sol e o famoso hyugadon (divulgação)

Fonte: Mainichi Shimbun
Fotos: Mainichi e divulgação de Hotojima

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Japão: mais um caso de morte por excesso de trabalho

Publicado em 20 de janeiro de 2017, em Sociedade

Morte por excesso de trabalho: homem fez quase 100 horas extras no mês. Saiba mais sobre o caso.

 

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Em março do ano passado, no canteiro de obras de reconstrução do Grande Terremoto do Leste do Japão, localizado na cidade de Ofunato (Iwate), um homem caiu inconsciente durante o trabalho. E, em seguida, foi confirmado seu óbito, no hospital. O trabalhador tinha 41 anos.

A família enlutada entrou com aplicação da compensação do seguro dos trabalhadores (rosai hoken) no Escritório de Inspeção das Normas Trabalhistas da mesma cidade.

Excesso de trabalho reconhecido

Soube-se pela imprensa japonesa que “houve uma sobrecarga por conta das longas horas de trabalho, em função das horas extras”. O órgão reconheceu o caso, certificando a morte súbita em consequência do excesso de trabalho (過労-pronuncia-se karoshi). O reconhecimento ocorreu na quinta-feira (19), divulgou a imprensa japonesa nesta sexta-feira (20).

Segundo o jornal local Kahoku Shinpo, este foi o primeiro caso dessa natureza, na reconstrução da área afetada pelo tsunami – províncias de Iwate, Fukushima e Miyagi.

Empresa e chefe são multados

De acordo com os noticiários, o homem era funcionário da construtora Tekken, cuja matriz fica em Tóquio e ele trabalhava na então reconstrução da BRT-Bus Rapid Transit, ou sistema de trânsito rápido do ônibus, na cidade de Ofuna. Na ocasião, ele foi transportado para o hospital e lá morreu de insuficiência circulatória aguda. Em julho do ano passado, a morte foi certificada como karoshi.

O órgão trabalhista local encaminhou o caso para o Ministério Público. Tanto o gerente da obra, 47, quanto o responsável pela construtora, foram indiciados, acusados de permitirem uma jornada tão longa. Segundo o jornal Kahoku Shinpo, a Corte Sumária aplicou o pagamento da multa de 300 mil ienes para cada um dos acusados.

Excesso de trabalho: quase 100 horas extras

Segundo o jornal, o trabalhador que morreu subitamente por conta do excesso de trabalho fez uma jornada longa em fevereiro do ano passado. A legislação trabalhista permite até 60 horas extras dentro do mês, enquanto a vítima teria trabalhado 96 horas a mais.

De acordo com a imprensa, o homem era responsável por um setor e, como funcionário efetivo, não recebia pelas horas extras, ganhando um salário fixo. Segundo informações do órgão trabalhista, ele assumiu o cargo em agosto de 2011 e ele autogerenciava sua jornada. A construtora teria declarado que “a gestão foi ambígua”.

 

Fontes: NHK e Kahoku Shinpo
Imagem ilustrativa: trumansion

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