Após a infecção pelo novo coronavírus é provável que o quadro do paciente piore devido às doenças primárias e idade avançada, mas é sabido que o estado nutricional também é um fator importante. A Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo-ESPEN vem propondo desde o começo diretrizes nutricionais para os pacientes da Covid-19.
Entre os nutrientes, a vitamina K, considerada essencial para a saúde das artérias e ossos, desperta particular interesse. Parece que houve um boom secreto entre as pessoas sensíveis à saúde desde o ano passado, mas agora que os médicos holandeses encontraram uma relação entre a vitamina K e o novo alívio dos sintomas da Covid-19 chama ainda mais à atenção.
Alimento japonês, natto
Existem K1 e K2, mas o natto contém uma grande quantidade de K2, que tem uma maior taxa de absorção no corpo, está recebendo atenção especial.
Já se sabe que o equilíbrio nutricional e o exercício adequado aumentam a imunidade. Pacientes desnutridos são mais propensos a ter agravamento após a infecção. Têm perda muscular durante a hospitalização e se recuperam mais lentamente após a alta.
Por esse motivo, a ESPEN incentiva exames de rotina do estado nutricional de pacientes hospitalizados, mas na Alemanha, por exemplo, um quarto dos residentes em asilos e um terço de todos os pacientes apresentam falta minerais e desnutrição.
Em particular, foi relatado que a deficiência de vitamina K era proeminente em pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus e se agravam ao ponto de serem hospitalizadas. Por isso, pesquisas sobre a vitamina K vêm sendo realizadas desde meados de abril.
Importância da vitamina K
A vitamina K tem ação de coagulação sanguínea e a função de ativar uma proteína especial que pode mover o cálcio nos ossos, entrando e saindo. Além disso, de acordo com o Rotterdam Heart Study, aqueles que ingeriram alimentos ricos em vitamina K2 natural por muitos anos tiveram uma deposição de cálcio significativamente menor em suas artérias e tiveram melhor saúde cardiovascular. Também ajuda a proteger os pulmões.
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A vitamina K tem K1 e K2. A K1 é encontrada em vegetais verdes como brócolis, espinafre, komatsuna, entre outros. A K2, que tem uma taxa de absorção mais alta no corpo, geralmente está contida no queijo, mas é o natto que está chamando uma atenção particular.
No natto contém cerca de 240μg de vitamina K2 por pacote de 40 gramas. A propósito, a nutrição diária recomendada pela Sociedade Dietética Alemã-DGE é de cerca de 65μg para mulheres com 51 anos ou mais e 80μg para homens. Portanto, basta ingerir um pacote desse alimento fermentado por dia, pois é abundante em K2.
ninguém morreu de Covid-19 nas regiões do Japão onde se ingere muito natto
Pesquisadores holandeses entraram com um pedido de subsídio para a pesquisa. O Dr. Rob Janssen, que lidera o projeto, disse ao Guardian “Trabalhei com uma cientista japonesa em Londres. Ela disse que ninguém morreu de Covid-19 nas regiões do Japão onde se ingere muito natto. Então, vale a pena tentar”.
Em resposta a esta declaração, o número de locais que passaram a introduzir o natto na Europa está começando a aumentar. Esse alimento é também é conhecido pelo aumento da imunidade, por isso é 2 em 1, ou seja, caso se infecte não se agravará.
No entanto, mesmo no Japão, as pessoas que tomam anticoagulantes sanguíneos são instruídas a abster-se do natto, porque a vitamina K enfraquece a ação da droga. Fora esse público, todo mundo pode se beneficiar do natto. Mesmo que não seja infectado pelo novo coronavírus, o tradicional alimento japonês é bom para vasos sanguíneos, ossos e pulmões, recomenda o médico. E nessa época de pandemia, vale a pena acrescentá-lo nas refeições diárias.
Fonte: Newsweek Japan