Escolas públicas pedem prova da cor dos cabelos dos alunos

Escolas públicas de Tóquio pedem aos alunos com cabelos que não fossem pretos comprovassem que a cor do cabelo era natural.

Imagem Ilustrativa

A NHK noticiou na quinta-feira (25) que mais de 40% das escolas públicas do ensino médio (koko) de Tóquio pediram aos alunos que preenchessem uma notificação comprovando a cor natural dos cabelos.

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O caso foi descoberto quando a assembleia do Partido Comunista pediu ao Comitê Educacional de Tóquio divulgar as informações do comunicado. Segundo o partido, das 177 escolas de Tóquio, 79 emitiram o documento.

O “certificado” pedia aos pais escreverem qual é a cor natural dos cabelos do(a) filho(a), e assinarem o documento, que foi enviado apenas aos alunos cujos cabelos não são pretos ou são encaracolados.

Algumas escolas perguntavam se os cabelos “são castanhos” e até se o aluno(a) usava chapinha. Para comprovar a informação, é pedido aos pais entregarem uma foto antiga do aluno que evidenciasse os cabelos.

“Queremos que os alunos relatem informações sobre o cabelo para prevenir orientações e mal-entendidos sobre o assunto, mas não é obrigatório”, explica o comitê.

“Certificado de Cabelos Naturais” (Imagem: NHK)

Uma aluna que recebeu o comunicado disse ter ficado com medo da reação da escola. “Fiquei apreensiva se a escola não implicaria comigo por não ter entregado”, comenta em entrevista para a NHK. “Meu cabelo é mais claro do que o normal, e muitos professores já comentaram sobre isso”, disse.

A atitude foi criticada por especialistas em educação. A professora Chieko Sakurai, da Universidade Kwansei Gakuin, comenta que a atitude não reflete a realidade desta era. “É muito surreal porque hoje temos muito mais diversidade e crianças estrangeiras (no Japão). Essa atitude não condiz com a nova era. Negar a aparência é negar a própria existência das crianças. Isso pode ser interpretado como violação dos direitos humanos”, disse.

Kayoko Oshima, especialista em educação e direitos escolares e professora da Universidade Doshisha, comentou que o comitê invadiu a privacidade dos alunos. “Por exemplo, nas aulas de educação física, são necessárias algumas regras, como prender o cabelo de pessoas com cabelos mais longos, para garantir a saúde e segurança. Mas, não acho que seja necessário proibir até a cor do cabelo. O certificado que pede a emissão de informações corporais é uma violação à privacidade. É uma orientação que passou dos limites”, fala.

Fonte: NHK

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Homem na China é obrigado a indenizar ex-mulher por serviços domésticos

Publicado em 26 de fevereiro de 2021, em Ásia

Um tribunal na China ordenou um homem a pagar indenização a sua ex-mulher por serviços domésticos durante o casamento deles de 5 anos.

Mulher disse que o marido não se importava e nem participava das tarefas domésticas (ilustrativa/banco de imagens)

Um chinês foi ordenado por um tribunal no distrito de Fangshan em Pequim a pagar $7,7 mil como “indenização por serviços domésticos” a sua ex-mulher.

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Um tribunal na China ordenou um homem a pagar milhares de dólares em indenização a sua ex-mulher por serviços domésticos durante o casamento deles de 5 anos, em uma decisão de divórcio que espalhou discussões no país sobre o valor de funções domésticas não pagas.

Wang, dona de casa, exigiu restituição equivalente a $24,700 de seu marido após ele ter pedido divórcio em um tribunal distrital em Pequim no mês de outubro.

Ela disse que cuidava do filho do casal e fazia o serviço de casa sem ajuda, enquanto seu marido “mal se importava ou participava de qualquer função doméstica”, divulgou a estatal China National Radio – CNR.

Na decisão, o tribunal ordenou que o marido pagasse a Wang cerca de $7,7 mil como “compensação por trabalhos domésticos” após dividir a propriedade conjunta igualmente.

Wang também ficou com a guarda do filho deles e vai receber uma pensão alimentícia de $300 por mês de acordo com a CNR.

A decisão judicial, que foi divulgada pela primeira vez na mídia local no início de fevereiro, se tornou trending na Weibo, o Twitter da China, nesta semana após uma hashtag ter sido criada com a intenção de atrair atenção para a decisão do tribunal.

Desde a quarta-feira (24), a hasthag foi vista mais de 500 milhões de vezes. Enquanto alguns comentários aplaudiram a decisão como reconhecimento pelo difícil e não pago trabalho de casa, outros disseram que a quantia concedida foi pouca para cobrir 5 anos de trabalhos domésticos e cuidados com o filho.

Fonte: CNN

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