Placa com logotipo da empresa (NHK)
Na segunda-feira (10) a Panasonic informou que encerrou a produção nacional dos aparelhos de tevê OLED (eletroluminescência orgânica ou LED orgânico), levando-a para o exterior.
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Essa produção estava na planta de Utsunomiya (Tochigi), encerrada no final de março deste ano. O motivo da desistência é que o custo era alto devido à pequena produção, o que levou à queda na lucratividade. Também encerrou no Vietnã e na Índia.
A planta de Tochigi permanecerá como base de desenvolvimento dos métodos de fabricação dos televisores e produção de peças de reparo.
Informou que concentrará as produções na Malásia e República Tcheca, além de terceirizar a produção dos aparelhos menores para uma indústria da China.
A Panasonic começou a produção doméstica de televisores em 1952 durante a antiga era Matsushita Electric Industrial e vendeu mais de 20 milhões de unidades em todo o mundo, no seu auge em 2010. Lançou a tevê a cores em 1960. Desde muito tempo o segmento de aparelhos de tevê foi o carro-chefe da fabricante.
No entanto, devido à forte concorrência de preços com fabricantes sul-coreanos e chineses, foi forçada a se retirar da atividade da tevê de plasma, em 2014.
Declínio dos fabricantes japoneses
No ano fiscal de 2020 mais recente, as vendas globais dos aparelhos de tevê caíram para 3,6 milhões de unidades.
A Panasonic quer melhorar sua lucratividade revisando seu sistema de produção em todo o mundo. A retirada da produção doméstica tornou-se um símbolo do declínio dos fabricantes japoneses de televisores.
A Hitachi, que produzia aparelhos com a marca Wooo, interrompeu a produção em 2012. A Toshiba vendeu sua produção doméstica, da marca Regza, para um fabricante chinês há três anos. Além disso, a Sharp interrompeu a produção de TVs LCD em sua fábrica na província de Tochigi há três anos.
Continuam em atividade o Grupo Sony, com planta em Inazawa (Aichi) e Mitsubishi Electric, com fábrica em Nagaokakyo (Quioto).
Fontes: NHK e Nikkei