Imagem meramente ilustrativa: Pixabay
No Reino Unido a ômicron do tipo BA.1 é a que cresceu como prevalente no Reino Unido, mas já foi comprovada a existência do tipo BA.2, chamada de stealth omicron, o que traduzida ao pé da letra significa ômicron furtiva, encontrada em dezembro de 2021.
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A Agência de Saúde e Segurança do Reino Unido anunciou que iniciou investigação e análise. De acordo com a análise atual, a subvariante BA.2 infecta muito mais rápido que a BA.1.
Na Dinamarca a BA.2 já corresponde a 45% dos casos de infecção pelo coronavírus. Está aumentando de forma preocupante na Noruega, Suécia e Reino Unido.
99% dos novos casos em Tóquio são ômicron e subvariante já encontrada no Japão
E essa stealth omicron já foi encontrada em 198 passageiros que chegaram do exterior, nos aeroportos do Japão, até 19 de janeiro. Esse número representa 11% dos casos dos aeroportos.
Por isso, o Japão entrou na lista dos mais de 40 países do mundo onde ela já foi confirmada.
Já se sabe que a desenfreada ômicron no Japão (BA.1) é responsável por 99% dos casos de infecção em Tóquio, segundo os resultados dos testes de triagem (screening) realizados até segunda-feira (24). E foi muito rápida, desde 20 de dezembro quando foi descoberto o primeiro caso, cresceu até chegar aos 99% em apenas 6 semanas.
Teste PCR não detecta a BA.2
No entanto, para confirmar essa subvariante ômicron é preciso fazer um teste genético detalhado. A stealth omicron, ou a subvariante BA.2 do coronavírus, difere da cepa BA.1 – chamada de ômicron original – porque não possui uma mutação que possibilita a detecção da cepa inicial como ômicron em testes de PCR, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.
De acordo com o professor associado Kei Sato, do Instituto de Ciências Médicas da Universidade de Tóquio, o único resultado através do teste PCR será positivo ou negativo, sem determinar se é da stealth omicron.
Sétima onda poderá ser causada pela stealth omicron
Essa subvariante ômicron é duas vezes mais infecciosa do que a BA.1. Com a alta taxa de infectividade e com a necessidade de teste genético, existe a preocupação de que não sejam tomadas as medidas apropriadas para esse vírus e que se dissemine ainda mais.
Sato também aponta que “a sexta onda pode ser prolongada e poderá vir a sétima por causa da stealth omicron“. A gravidade da doença ainda não foi esclarecida, mas parece importante tomar medidas completas de controle de infecção sem relaxar, adverte o médico.
“A análise inicial não mostra diferenças nas hospitalizações para BA.2 em comparação com BA.1”, informou o Statens Serum Institut da Dinamarca, um centro de pesquisa de doenças infecciosas administrado pelo governo, em comunicado na semana passada. “Espera-se que as vacinas também tenham efeito contra doenças graves após a infecção por BA.2”, analisou.
Pandemia só terá fim com vacinação de 70% da população
Abordando a questão específica da covid-19, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS-Organização Mundial da Saúde, alertou que as condições permanecem ideais para o surgimento de mais variantes. Disse que era perigoso para os países assumirem que a ômicron é a última variante ou que “estamos no final do jogo”.
“Existem diferentes cenários de como a pandemia pode se desenrolar e como a fase aguda pode terminar”, disse ele.
Insistiu que “podemos acabar com a covid-19 como uma emergência de saúde global, e podemos fazê-lo este ano”, desde que todos os países atinjam a meta da OMS de vacinar 70% da população até meados deste ano.
Fontes: FNN, NHK, Fortune e The Guardian