Cena ilustrativa de uma das formas de abuso infantil, a violência psicológica (Flickr)

A Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA) divulgou na quinta-feira (2) o relatório dos crimes de abuso infantil em 2022, os piores números da história. 

Os crimes de abuso infantil, com um aumento de 7.703 crianças vítimas, denunciados pela polícia aos Centros de Consulta Infantil (Jidosodansho), totalizaram 115.762, um recorde.   

De acordo com a NPA, 73% do total (84.973) as vítimas sofreram pela violência doméstica entre o casal (quando o cônjuge é violento na frente das crianças) e abuso psicológico. Outros crimes foram de agressão física (20.622), negligência (9.805) e abuso sexual (322).  

A soma dos casos de ocorrência de violência que a polícia tomou conhecimento, seja por descoberta ou denúncia, foi de 2.181 casos em todo o país. O total de crianças e adolescentes (menores de 18 anos) vítimas foram 2.214 pessoas. 

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Foram presos 2.222 perpetradores, grande maioria do sexo masculino:

• 960 pais biológicos 
• 590 mães biológicas
• 405 padrastos ou pais adotivos
• 129 namorados das mães que vivem juntos

A análise por tipos de crime, incluindo os casos de morte, é:

• 882 casos de violência
• 743 casos de lesão corporal
• 23 homicídios
• 22 tentativas de homicídio

As vítimas afetadas foram 1.134 meninos e 1.080 meninas, sendo que 37 morreram, 17 a menos do que em 2021. Destas, 17 foram por suicídio forçado quando são obrigadas a morrer com um dos genitores, 13 foram agredidas ou negligenciadas, incluindo as crianças abandonadas, e 7 imediatamente após o parto.

Fontes: Mainichi e Kanagawa Shimbun