Helicóptero desaparecido do radar: 2 corpos retirados das profundezas

Publicado em 17 de abril de 2023, em Sociedade

Usando a equipe do mergulho de saturação foram vistos 5 corpos e parte do helicóptero desaparecido, na ilha da província de Okinawa.

Navio da GSDF usa de todos os recursos para localizar os integrantes e o helicóptero nas águas de Okinawa (NHK)

O helicóptero UH60 JA da Força Terrestre de Autodefesa do Japão (GSDF), pertencente ao 8.º Esquadrão, de Kumamoto, que desapareceu do radar pouco antes de pousar na Ilha Irabu, em Miyako (Okinawa), no dia 6 deste mês, continua sendo procurado.

A GSDF informou que foram vistos 5 corpos, dos quais 2 foram retirados do fundo do mar, a uma profundidade de 106 metros. O helicóptero voava com 10 integrantes.

Na manhã de segunda-feira (17), o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, lamentou ter encontrado os dois integrantes da GSDF mortos. Os demais continuam a ser procurados ao norte da Ilha Irabu (Irabujima).

A equipe de mergulho de saturação da GSDF encontrou apenas partes do helicóptero, mas o objetivo é localizar a caixa-preta para elucidar a causa da queda.

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Atentado contra Kishida: pescador dá chave de braço no criminoso

Publicado em 17 de abril de 2023, em Sociedade

O pescador avançou sobre o japonês que estava com outro explosivo na mão e só depois os seguranças e policiais chegaram. Kishida ileso, mas 2 feridos.

Japonês preso sendo levado para a delegacia (MBS)

No sábado (15), pouco antes das 11h30, um dispositivo contendo explosivos foi lançado contra o local onde o primeiro-ministro Fumio Kishida, aguardava para fazer o seu discurso, no Porto de Saikazaki, cidade de Wakayama (província homônima).

Soube-se que quem viu o movimento do homem e o segurou imediatamente foi um pescador de 54 anos, em seguida ajudado por mais 2 outros que viram a cena. Em seguida os seguranças e a polícia o retiraram do local e o levaram preso em flagrante.

O criminoso foi identificado como Ryuji Kimura (木村隆二), 24 anos, japonês, residente em Kawanishi (Hyogo), desempregado. A polícia informou que ele tinha também uma faca com lâmina de 13 centímetros e isqueiros em sua bolsa.

Momento em que o pescador avança sobre o japonês criminoso, em matéria transmitida no domingo (MBS)

“Assim que o explosivo foi lançado vi que o homem fazia algo com as mão, iria lançar o segundo, então pulei pra cima dele. Mais tarde o primeiro-ministro me telefonou agradecendo”, relatou o pescador que agiu rapidamente imobilizando o criminoso pelo pescoço.

Dois feridos no atentado contra o premiê

O premiê Fumio Kishida saiu ileso, mas um idoso teve as costas com lesões leves e um policial ficou levemente ferido. Na plateia havia cerca de 200 pessoas ouvindo os discursos dos candidatos locais.

Segundo a polícia, o japonês, de fato, tinha mais um explosivo que iria ser lançado, e na delegacia teria dito que “não vou falar nada até o advogado chegar”. A distância entre ele e o premiê era de cerca de 10 metros.

Japonês no chão, imobilizado pela polícia e seguranças (NHK)

O dispositivo com explosivo foi feito com algo metálico, de forma caseira. O que foi lançado e o recolhido foram enviados para análise da perícia. No mesmo dia foi realizada uma batida na casa onde reside o preso. Foram encontrados pólvora e tubos de metal, o que se supõe que ele mesmo preparou os explosivos.

Mais segurança contra o terrorismo

Foto cedida para a NHK mostra que o japonês tinha um outro explosivo na mão

“Foi um incidente grave porque é um crime direcionado ao primeiro-ministro em exercício, que tem vários poderes. Após o tiroteio que matou o ex-premiê Abe, a segurança foi reforçada e um grande número de policiais uniformizados foi mobilizado. O primeiro-ministro foi evacuado no momento da explosão e acho que a resposta foi rápida. É difícil fazer segurança nessa circunstância”, analisou Isao Itabashi, diretor do Centro de Pesquisa do Conselho de Pesquisa de Políticas Públicas, que está familiarizado com as medidas contra o terrorismo.

“Com a Cúpula do G7 no próximo mês, é preciso levar a sério o incidente que ocorreu na campanha eleitoral, e precisamos reconsiderar como deve ser a segurança nas eleições”, acrescentou.