
Foto ilustrativa de idosa triste (PM)
A cada ano aumenta o número dos domicílios unipessoais no Japão, que tem duas faces: uma da independência e outra da morte solitária.
Uma pesquisa da Agência Nacional de Polícia (NPA) revelou que, dos mais de 200 mil corpos examinados ou investigados pelos departamentos em todo o país no ano passado, 37% eram pessoas que morreram em casa, as quais eram de domicílios unipessoais, ou seja, viviam sozinhas. Em alguns casos, os corpos foram encontrados depois de mais de um ano após a morte, e a NPA espera compartilhar esses dados para ajudar o governo a combater as mortes solitárias e as por isolamento.
Para compreender a realidade das chamadas mortes solitárias e mortes isoladas, a NPA investigou as idades e o status residencial de 204.184 pessoas cujos corpos foram examinados ou investigados pelas unidades policiais em todo o país.
Como resultado, 76.020 pessoas morreram em casa, sozinhas. Na análise por faixa etária, o maior número foi de idosos com 85 anos ou mais.
- 85 ou acima: 14.658 pessoas
- entre 75 e 79 anos: 12.567
- entre 70 e 74 anos: 11.600
Mais de 70% da população dos domicílios unipessoais do Japão têm idade de 65 anos ou acima.
Em termos do número de dias decorridos entre o momento da morte e a descoberta dos corpos, a maioria (28.756 pessoas) foi encontrada depois de um dia, enquanto 6.945 pessoas foram encontradas somente 31 dias depois ou mais. No entanto, 253 corpos foram descobertos um ano depois.
A NPA planeja compartilhar os dados com ministérios e agências governamentais relevantes, como o Gabinete do Governo, que está considerando medidas para combater a solidão e o isolamento. A esperança é de que isso leve a medidas para prevenir as mortes solitárias e as mortes por isolamento social nos domicílios unipessoais.
Fonte: NHK