
Prédio da sede da OMS em Genebra, na Suíça (banco de imagens)
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na terça-feira (22) que operações e empregos seriam reduzidos, visto que cortes de fundos dos EUA deixaram a agência das Nações Unidas com um buraco no orçamento de várias centenas de milhões de dólares.
“A queda repentina na receita nos deixou com uma grande lacuna salarial e sem escolha, além de reduzir a escala de nosso trabalho e local de trabalho”, disse Tedros Adhanom Gebreyesus, de acordo com uma transcrição de seus comentários.
A agência de saúde das Nações Unidas vem se preparando para a planejada saída total dos EUA – de longe seu maior contribuinte – em janeiro do ano que vem.
Os Estados Unidos forneceram US$1,3 bilhão para o orçamento de 2022 e 2023 da OMS, principalmente através de contribuições voluntárias para projetos específicos ao invés de taxas de adesão fixas.
Entretanto, Washington nunca contribuiu em 2024 e espera-se que não contribua em 2025.
Isso fez com que a OMS preparasse uma nova estrutura, a qual Tedros apresentou para funcionários e membros do estado na terça-feira.
“A recusa dos EUA de pagar suas contribuições avaliadas para 2024 e 2025, combinada com reduções em assistência de desenvolvimento oficial por alguns outros países, significa que estamos enfrentando uma lacuna salarial para o biênio de 2026 e 2027 de US$560 milhões e US$650 milhões”, disse ele.
Ele não informou quantos empregos seriam perdidos na OMS, que emprega mais de 8 mil pessoas em todo o mundo.
Fonte: Channel News Asia