Relações amorosas e a dor do fim

As relações amorosas são uma jornada complexa, repletas de emoções intensas e vínculos profundos. No entanto, a realidade é que muitas dessas histórias também enfrentam o inevitável fim, trazendo consigo uma dor única e profunda.

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O que podemos esperar de um relacionamento amoroso?

Responder a essa pergunta não parece ser uma tarefa muito fácil. Inúmeras são as respostas dos pacientes que buscam atendimento na clínica de psicologia por se tratar de algo muito particular do sujeito, estamos falando dos seus desejos.

Para a psicanálise o desejo é a força que move o sujeito em direção ao objeto de satisfação e na busca incessante de entrar em contato novamente com as sensações de prazer mais primitivas.  Não é vontade, não é querer, é algo instintual.

Algo nesse objeto de desejo diz respeito a alguma experiência vivida, guardada inconscientemente. É comum ouvirmos falar sobre paixões e amores como coisas que não se explica, e por quê?  Porque a explicação está para além da razão e da consciência. Então quando encontramos esse objeto, depositamos nele todas as nossas expectativas, acreditamos que enfim poderemos ser preenchidos, inundados desse sentimento de prazer inexplicável.

Vários são os investimentos, como:  tempo, energia, dedicação e cuidados. Faz-se assim planos e sonhos onde dividir alegrias, tristezas, dificuldades, ter companhia, dialogar, realizar atividades prazerosas, sentir felicidade, constituir família, completude etc.; são as realizações esperadas dentro do relacionamento.

“Se você ama sofre, se não ama adoece.” (Freud)

Essa frase de Freud nos diz da necessidade humana do olhar do outro sobre nós, da carência de preenchimento. Somos constituídos através da nossa relação com o meio e vice-versa, assim formamos nossa identidade. Mas essa relação vai mudando o tempo todo, bem como nossos olhares, nossas relações pessoais e afetivas. Assim, os desejos também se modificam e a quantidade de libido depositada naquele objeto ora escolhido, pode não ser mais a mesma, poderá haver novos interesses, sejam eles por coisas ou pessoas, e tudo bem, faz parte do processo de mudança. Na impossibilidade de levar o relacionamento adiante seja pelo desejo de um, de outro ou de ambos, se direcionam então para um processo de separação.

E por que o término de um relacionamento amoroso dói tanto?

Nesse processo de mudança o que passou a ser desejo para um, não se afina com o que é o desejo para o outro. O que para um é alívio, oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal, para o outro pode representar um grande problema, ocorrendo o interesse de manter a relação, por motivos variáveis como: sentimento de amor, receio de ficar só e ou, não dar conta da situação, entre outros.

“Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada.” Freud

Não se sentir desejado, amado, visto e querido, afeta a autoestima do sujeito, entristece, pode deprimir, provoca ansiedade e merece ser assistido e cuidado.

O que vale aqui dizer é que relações são diferentes, não existe uma receita, cada casal encontra uma forma de funcionamento e estabelece seus limites. A dor vem da sensação de fracasso, sentimento de culpa ou até mesmo de não entender o porquê. Não se trata de separar apenas da pessoa e sim de todo um planejamento de vida, sonhos, desejos nos quais se investiu, de tudo aquilo que se pensou e construiu.

Envolve emoção, sentimentos, não é uma decisão que se toma de uma hora para outra. Resumindo, significa jogar fora todos os planos criados, lidar com o luto e com as perdas do objeto de amor. Alguns casos envolvem filhos, pets, bens, tornando ainda mais doloroso, sensível e complexo o processo.

Diante de tudo isso, é preciso entrar em contato com o seu verdadeiro desejo.

A psicoterapia pode ajudá-lo(a) entender de fato o que quer, o que é possível no momento, quais são os seus medos e como preparar-se e fortalecer-se, uma vez que essa decisão precisa ser prática e racional.

Estando ou conhecendo alguém nessa situação, não hesite buscar ajuda psicológica ou médica.

Boas Reflexões!

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Leia também: Relacionamento abusivo não é amor, é dor que deixa marcas

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Os textos publicados nesta página não refletem necessariamente a opinião do Portal Mie, são de criação e responsabilidade do autor Eliana A. C. I. Nonaka

Eliana A. C. I. Nonaka (CRP 06/170575) – Psicóloga formada pela Faculdade FMU Faculdades Metropolitanas Unidas.
Morou no Japão por 14 anos, hoje é atuante no Brasil, inclusive atendendo brasileiros de diversos países de forma online.

Informações pelo WhatsApp: +55-11-96437-6590 (clique para abrir o Whatsapp)

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Entenda como fica a entrada de brasileiros no Japão após acordo entre os países

Publicado em 2 de dezembro de 2023, em Sociedade

A isenção de visto para visitantes deve facilitar a integração entre Brasil e Japão e favorecer principalmente aqueles brasileiros que vão ao Japão para conhecer a cultura asiática.

A isenção de visto para visitantes deve facilitar a integração entre Brasil e Japão (Créditos: iStock)

A partir de 30 de setembro deste ano, o governo federal oficializou um acordo feito durante uma visita do presidente Lula ao Japão. A visita, que ocorreu em maio, contou com a presença do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, que afirmou que adotaria a isenção de visto aos brasileiros que vão visitar o país. Esse acordo vale para visitantes de ambos os países que pretendem viajar por um período de até 90 dias.

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Já em 2019, o governo havia dispensado a apresentação de vistos para turistas australianos, canadenses, americanos e japoneses na justificativa de aumentar a presença de turistas no Brasil. Porém, devido à pandemia de covid-19, que diminuiu a quantidade de viagens pelo mundo, a expectativa foi frustrada.

A decisão do governo do Japão, tomada há poucos meses, veio após o Itamaraty ter enviado à embaixada japonesa a informação de que gostaria de retomar o princípio de reciprocidade diplomática. Dessa forma, como o Japão ainda exigia o visto dos brasileiros para entrada no país, os japoneses também deveriam apresentar o documento para entrar no Brasil, mesmo para turistas.

Como ficam as viagens para o Japão agora?

A decisão favorece principalmente aqueles brasileiros que vão ao Japão apenas para conhecer a cultura asiática, e não para os que pretendem passar um longo período morando ou trabalhando no país. Como dito anteriormente, a isenção do visto é válida apenas para os visitantes que desejam ficar no país por até 90 dias, e essa regra vale também para os japoneses que pretendem vir para o Brasil.

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração é que a medida se aplica para todos os passaportes brasileiros válidos com chip-IC (chip de circuito integrado), que já são emitidos desde 2011. No caso dos turistas que não possuem esse tipo de passaporte, será necessário obter o visto para entrar no Japão.

Vale ressaltar também que, como a isenção é válida apenas para os visitantes que pretendem ficar até cerca de três meses no país, não é permitido ultrapassar esse período de permanência; caso contrário, poderão sofrer as devidas punições legais. Mas quem quer apenas conhecer a cultura japonesa já pode garantir a passagem aérea, pegar as malas e partir para o aeroporto.

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