Bibi Bailas – A cientista brasileira finalista do Prêmio Inspiradora 2023

Apresentamos a inspiradora trajetória de Gabriela Bailas, também conhecida como Bibi Bailas. Finalista do Premio Inspiradora 2023 na categoria “Mulheres na Ciência”, ela é uma cientista brasileira que se formou em física, obteve um PhD em física teórica de partículas e atualmente trabalha e mora no Japão. Além de sua pesquisa e publicações científicas, Bibi Bailas é reconhecida por sua ativa divulgação científica no canal “Física e Afins” no YouTube, bem como por sua participação em eventos acadêmicos, podcasts e matérias de revistas. Ela se esforça para tornar a ciência acessível a todos e também trabalha para dar mais visibilidade às mulheres na ciência.

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Com uma graduação em física pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mestrado na Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e doutorado na Université Blaise Pascal, Bibi Bailas tem uma base sólida em sua jornada acadêmica. Atualmente, ela estava trabalhando em um acelerador de partículas, onde realizou o seu segundo pós-doutorado aqui no Japão.

Nesta entrevista, mergulharemos no mundo de Bibi Bailas, explorando suas paixões, desafios e conquistas. Desde sua jornada acadêmica até sua dedicação à divulgação científica, descobriremos as histórias por trás do sucesso e inspiração de Gabriela “Bibi” Bailas.

Portal Mie: Bibi Bailas do canal “Física e Afins”. É uma honra tê-la aqui para compartilhar sua inspiradora jornada. Sua dedicação à física e à divulgação científica tem impactado muitos. Poderia começar compartilhando como descobriu seu fascínio pela física e o que a impulsionou a trilhar esse caminho?

Bibi Bailas: Bom, eu comecei a me interessar por física quando eu era adolescente, quando eu fiz um técnico em eletrônica no Instituto Federal. Então, eu tinha muito interesse nessa área e eu descobri que eletrônica é basicamente física aplicada. Então, eu já tinha esse interesse pelas exatas, pela ciência e aí eu assisti um filme que hoje eu sei que é um filme que é muito errado cientificamente falando, mas era tipo um filme que falava de física, de física quântica e aí eu me apaixonei e decidi que eu queria estudar física.

Inclusive, eu estudei três anos de engenharia elétrica também, mas acabei largando o curso porque eu preferia muito mais física. Mas foi desde a adolescência, uma inspiração que eu não sei de onde veio, porque na minha família não tem ninguém dessa área e todo mundo é do direito, medicina, outras coisas nada a ver com física, mas eu me apaixonei muito.

Portal Mie: Na sua família, quando você revelou que seguiria a carreira na física, você já enfrentou a clássica pergunta “Isso dá dinheiro?” Poderia nos contar como foi essa experiência e como lidou com essa perspectiva em relação à sua escolha profissional?

Bibi Bailas: Quando eu revelei para minha família que eu queria fazer física, eles foram contra porque eles falaram “Ah, físico vai ser pobre, não vai ter dinheiro pra nada”, mas foi mais uma ignorância e tem até um vídeo bem antigo do meu canal em que meu pai fala sobre isso, como ele não conhecia sobre física, carreira científica e aí ele foi contra, minha mãe também. Mas depois que eu entrei na faculdade, eles já viram como as coisas funcionavam, já conheceram professores, outros pesquisadores, já gostaram muito da física.

Portal Mie: Além de ser uma pesquisadora, você é uma comunicadora científica ativa no YouTube. Na sua visão, qual é a importância da divulgação científica nos dias de hoje e quais são os maiores desafios que enfrenta ao tornar a ciência acessível ao público em geral?

Bibi Bailas: Bom, na minha visão, a importância da divulgação científica, eu acredito que é a número um, as pessoas precisam entender que a ciência está no cotidiano delas todos os dias, o dia inteiro, todo o tempo. Ah, depois da pandemia, principalmente, né? Que teve muita desinformação, eu acho que a ciência começou a ganhar mais e mais espaço na comunicação científica, e eu acredito que, para tornar a ciência acessível para todo mundo, a gente tem que trazer a ciência para o contexto da pessoa.

A pessoa tem que entender que a ciência está dentro da casa dela. Está em todas as coisas. Está na cozinha. Quando ela vai fazer uma comida, quando a geladeira dela vai manter os alimentos. Quando ela, por exemplo, fecha uma janela, abre uma janela, vai secar uma roupa, vai andar de bicicleta, vai andar de carro. A gente tem ciência, tem física. E eu acho que muita gente não sabe contextualizar a ciência. Eu acho que tornar a ciência mais sensível, as pessoas vão ter mais interesse por aprender sobre ciência. Então eu acho que isso é essencial.

Portal Mie: Seu canal “Física e Afins” aborda tópicos complexos de maneira compreensível. Como escolhe os temas dos seus vídeos e como equilibra a precisão científica com a compreensibilidade?

Bibi Bailas: No meu canal Física e Afins, sim, abordo tópicos complexos. Eu escolho os temas de acordo com as sugestões do público. O público vai me enviando pedidos e comentários, e eu vou escolhendo. Algumas coisas eu pesquiso, sim, acho interessante, ou leio em algum lugar e acho bacana, e aí eu decido compartilhar com as pessoas. Acho muito bacana esse contato com o público e trazer questões que são de interesse geral. Não adianta eu trazer para o meu canal apenas o que eu tenho interesse, mas sim o que outras pessoas querem saber sobre. Afinal, é melhor trazer o conteúdo que todo mundo tem interesse, né?

Portal Mie: Através da divulgação científica, você lida com a pseudociência. Como acha que a divulgação científica pode combater informações enganosas e pseudociência?

Bibi Bailas: Sim, lido com a pseudociência. Bom, a divulgação científica vai combater todas as desinformações enganosas e pseudocientíficas, porque mostro o que é verdade e o que é mentira. Apesar de que muita gente não acredita, mesmo quando eu explico com artigos científicos e mostro toda a informação, ainda tem gente que acha que estou mentindo. Então, eu acho que a divulgação científica vai mostrar pras pessoas onde a ciência existe, o que é verdade e o que não é.

Vai aproximar, porque a ciência fica muito concentrada dentro das universidades, nos artigos científicos, e nem todo mundo sabe ler artigos, nem todo mundo está na universidade. Mas todo mundo está nas redes sociais, está no Instagram, no TikTok, no YouTube. Então, eu acho que esse tipo de divulgação nas redes sociais aproxima o público, quebra mitos, tabus e desinformações. Eu acho que é muito, muito essencial.

Portal Mie: Sua presença nas redes sociais gerou reações variadas. Como lida com críticas e ameaças, e como mantém a coragem para expressar suas opiniões?

Bibi Bailas: Bom, (risos) os famosos haters. Eu não me importo. No começo, eu me importava mais, mas hoje em dia acho muito engraçado, porque já tenho uma visão diferente. Eu tento sair daquela perspectiva de ser a pessoa criticada e leio a crítica sem pensar que é direcionada a mim, mas de uma forma crítica e neutra. Vou lá e faço um vídeo de uma hora, quarenta minutos, trinta minutos, com referências científicas, todo embasado. Aí a pessoa vem e fala: “Ah, não gostei da tua voz, nada a ver.” Ou seja, diante de tudo o que foi exposto, a única crítica que a pessoa tem é sobre a minha voz, o meu cabelo, minha formação.

Isso a gente chama de falácia ad hominem. São aquelas falácias contra a pessoa e não sobre o assunto em questão. Se você vai fazer uma crítica, tem que ser em relação ao assunto, e falar: “Olha aqui, isso está errado por causa disso, disso e disso. Aqui está a prova de por que você errou.” Mas não, as pessoas não fazem isso. Elas falam da minha aparência, da minha voz, da minha formação, do meu batom, de qualquer coisa, e não do conteúdo.

Para mim, isso não faz a menor diferença, só mostra que a pessoa não tem capacidade cognitiva de formular uma crítica argumentativa, e tudo o que ela encontrou foi simplesmente falar mal do meu batom! É de dar pena!

Portal Mie: Como mulher na ciência, você promove a visibilidade das mulheres nessa área. Quais são os maiores desafios que as mulheres ainda enfrentam na ciência e quais estratégias acredita serem eficazes para superá-los?

Bibi Bailas: Bom, as mulheres enfrentam muitas dificuldades, principalmente o baixo número de mulheres nas carreiras científicas. Tem várias pesquisas científicas que mostram que isso vem desde quando nós somos crianças. Os estímulos do ambiente, por exemplo: as meninas ganham bonecas, vassoura, fogão, enquanto os meninos estão montando lego, carrinhos, ferramentas. Como a gente estimula meninos e meninas é diferente. A pessoa vai e fala: “Ai, eu quero fazer engenharia.” Aí os pais dizem: “Nossa, fulana, mas isso é meio de homem, não é?”

Então existe muito essa questão de gêneros e profissões separadas por gêneros, quando não deveria ser.

Tem muito machismo dos próprios professores, dos próprios colegas. Então eu acho que é importante que as mulheres façam divulgação científica, que elas falem bastante, pra mostrar para gerações mais novas que existem mulheres cientistas, que elas também podem ser cientistas. Eu acho que as universidades têm que entender o problema. Você não pode resolver um problema que você não sabe que existe.

“Ah, eu preciso resolver, sei lá, um vazamento de água na minha casa.” “Tá, mas a tua casa tem um vazamento de água?” “Ah, não sei.” Então como é que você vai resolver um vazamento se você nem sabe se tem? Então é importante identificar o problema.

Então existe o problema do sexismo, do machismo, e problemas pras mulheres acessarem cargos de poder. Então identificamos o problema, agora precisamos trabalhar nas estratégias. Então divulgação científica, programas que incentivem as meninas, palestras mostrando onde elas podem chegar, desde a escola, desde quando elas estão no jardim de infância, fazer atividades científicas, estimular o ambiente dessa criança. Tudo isso vai contribuir.

O problema é longo, é difícil de solucionar, mas estamos a passos de formiguinha tentando ajudar. Então todas as mulheres se unindo, se ajudando, e participando de várias iniciativas, eu acho que isso é muito importante.

Portal Mie: Além de suas atividades acadêmicas e de divulgação científica, como você equilibra a sua rotina diária e quais são suas formas de relaxar e recarregar as energias?

Bibi Bailas: Agora eu sou mãe do Umi, que tem 5 meses, então eu não consigo relaxar muito porque eu estou trabalhando ou estou cuidando dele. Mas o que a gente gosta de fazer aqui no Japão é visitar os parques. Sou apaixonada por parques naturais. Eu moro em Ibaraki, aí tem o parque de flores de Ibaraki, que eu já fui umas três vezes, que eu acho legal. Muitas cidades por aqui tem parques bonitos, com lagos, com árvores. O Japão é muito bonito pela natureza, por tudo assim.

Então, eu gosto muito de caminhar, de sentar no sol. Eu sou casada com japonês, e o meu marido acha muito engraçado que eu sempre fico falando assim: “Ai, eu quero sentar no sol, eu quero sentar no sol.” “Tomar um cafezinho no sol.” Eu acho que no Brasil a gente tem muito essa coisa de sentar no sol. No Rio Grande do Sul, que é o meu estado de origem, é frio e em outros estados talvez isso não seja tão forte. No Rio Grande do Sul, no inverno, quando tem um solzinho, a gente está assim: “Ai, vamos sentar no solzinho?” Claro, gente, não é sentar num solzinho de quarenta e cinco graus, né? É um solzinho mais ameno.

Aí vamos sentar no solzinho, comer uma bergamota (mexerica, mimosa, mandarina ou pelo nome científico de Citrus deliciosa Tenore) e tomar um chimarrão, para se aquecer, depois do almoço, sentar no solzinho por causa do frio mesmo. Então, acho que eu tenho muito essa coisa do sentar no solzinho que muitas pessoas não entendem aqui no Japão, e meu marido achou isso super engraçado.

O inverno do Japão me deixa com tanto frio que no verão eu gosto de ir pra praia, de ir ao cinema, de ler um livro. Eu adoro visitar as livrarias, tem umas lindas com muitos livros bacanas, com playgrounds. Tem uma livraria aqui em Ibaraki que tem até um playground para crianças e um café em seu interior. Nossa, é enorme e muito bacana. Eu acho que a estrutura aqui é incrível e muito, muito bacana.

Portal Mie: Você está atualmente no Japão e veio especialmente trabalhar em um acelerador de partículas. Além disso, encontrou alguém que acelerou as partículas do seu coração, o Hiro. Pode compartilhar como conheceu o Hiro e contar a famosa história da farofa?

Bibi Bailas: A famosa história da farofa (risos). Então, sim, o Hiro, a gente se conheceu através de um aplicativo de celular, né? Então, começamos a conversar porque o Hiro é japonês, ele nunca teve contato com a comunidade brasileira, com brasileiros nem nada. Mas durante a faculdade ele tinha muito interesse em idiomas, ele gosta muito de idiomas. Ele já morou nos Estados Unidos por conta do inglês, ele estudou espanhol, ele fazia aula de espanhol, e sabe falar espanhol, estudou mesmo. E aí, quando descobri, eu pensei: Nossa, uma pessoa japonesa que fala inglês, fala espanhol, não é comum.

Até no Brasil, não é todo mundo que fala vários idiomas. Aí eu pensei, que bacana! E aí começamos a conversar, viramos amigos, e se encontramos uma vez só pra conversar, tomar um café. Depois nos encontramos mais uma vez e aí começamos a “ficar”, como a gente diz. E fomos ficando, para sempre. Já estamos casados, com um bebê. É muito engraçado porque eu não tenho conhecimento do Japão anterior, a minha vinda para cá, não tenho família japonesa, nada disso. Na minha cidade não tinha uma comunidade japonesa muito grande. E eu sou uma pessoa muito falante, muito extrovertida.

Os meus colegas de trabalho pareciam pessoas muito caladas, muito introspectivas, envergonhadas. E eu sempre brincava: “Ah, eu nunca vou namorar um japonês, porque eu sou muito extrovertida.” E nunca tinha conhecido nenhum extrovertido. E como aqui se faz, aqui se paga. Aí eu conheci o Hiro e tipo, me apaixonei, porque ele é muito inteligente. Ele fala bastante comigo, ele é engraçado, ele é divertido, prestativo e tem ótimo coração. Então, a gente começou a se dar bem e depois de 4 meses de relacionamento fomos morar juntos. O padrão aqui foi bem diferente, a mãe dele não gostou muito no início, porque não foi seguindo a tradição. Fomos morar juntos antes de casar, digamos assim.

Na verdade, ele já foi morar na minha casa, tipo, no segundo mês. E com 4 meses, mudamos de casa, para um apartamento maior, noivamos e logo depois nos casamos, e passado mais um tempo, tivemos o nosso bebê, e nesse meio tempo, o Hiro conheceu a farofa. Ele nunca tinha comido farofa. Ele ficou doido com a farofa. Tipo assim, desesperado, achou uma coisa maravilhosa, deliciosa. Foi quando decidiu que ele queria plantar mandioca, para ver como que era a plantação e como que era a planta.  O Hiro trabalha em uma empresa de agricultura, então ele entende muito do assunto.

Nós compramos as mudas de mandioca aqui no Japão, porque pra quem não sabe, tem mandioca aqui que foi trazida há muitos séculos atrás, de alguma forma. E aí, tem, entre aspas, na ativa não é nativa, porque veio de outro país, mas já está há muitos séculos aqui. Não é uma planta invasora, digamos assim, que prejudique a natureza aqui no Japão. É isso que eu quis dizer. A família dele tem uma plantação pra consumo próprio, e um terreno gigantesco.

Nós pegamos duas partes do terreno da plantação e plantamos a mandioca, e foi criado o projeto farofa, ele brinca. O projeto “fafora”, na verdade. Nós fizemos a farofa e tapioca, foi bem divertido. Ele saiu no Globo Rural, saiu no Bom Dia Brasil, no UOL e na revista Piauí, além de um monte de páginas. Ele ficou bem famoso, inclusive um fomos no consulado do Brasil fazer uma documentação, nosso registro de reconhecimento de casamento, e quando acabou tudo a moça do consulado, disse “Aí, a farofa e a mandioca, não sei o que.” Ela reconheceu o Hiro. Isso também saiu em todas as páginas das embaixadas do Brasil no Japão, e ele ficou muito famoso. Ele adora falar: “Eu saí no Globo Rural, eu sou famoso.” (risos).

Portal Mie: Para os jovens que desejam seguir carreira na ciência e até mesmo morar em outros países, como você faz atualmente no Japão, que conselhos daria com base na sua jornada e experiência?

Bibi Bailas: Olha, minha mensagem para os jovens a mensagem seria: se você tem um sonho, vai atrás, tu vai conseguir, tu tem que batalhar, tem que trabalhar pra isso, mas tu tem muita opção aqui no Japão, tem muita bolsa de estudo, tem muita auxílio, a ciência é muito promissora, tem muitas oportunidades em todo o mundo então eu acho que se tu quer falar inglês é muito importante pra te dar essa oportunidade, te dedicar, pensar assim, o que eu quero, eu quero seguir uma carreira científica, eu preciso de um mestrado, um doutorado ou eu vou fazer o mestrado e depois ir para o mundo mais corporativo, empresa privada, também tem essas opções, então eu acho assim, falar inglês é o meu primeiro conselho e o segundo conselho, procura na internet oportunidades de estágios, bolsas que tu vai encontrar muita coisa.

O Japão é um ambiente riquíssimo que vai proporcionar muita coisa pra vocês, tem muito centro de pesquisa bacana, tem muito auxílio, tem muita oportunidade, eles têm dinheiro pra você participar de congressos, de eventos, etc. Por exemplo, no Brasil a gente não tem tanto dinheiro pra ciência. Eu lembro quando eu estava na faculdade que eu falava assim “ah, eu quero participar desse congresso em São Paulo”, aí vinha a resposta, não temos dinheiro.

Aqui no Japão eu falei pro meu professor “ah, eu quero participar de um congresso na Europa”. Ele falou está bom! “Ah mais custa x valor”, aí ele disse, nós temos dinheiro, aí eu caí para trás, porque não é o que eu estava acostumada. No Brasil nós tínhamos que pagar até, olha gente, sem mentira nenhuma a gente tinha que levar o sabonete que tu ia lavar a mão no banheiro da universidade. O papel higiênico que tu ia usar. É, claro, a minha universidade era pequena, mais precária, eu sei que em outras universidades eles tem mais recursos.

Mas quem está aqui no Japão tem tudo na mão, tem tudo para conseguir se sobressair, fazer uma universidade em japonês, algumas aulas assistir em japonês e tal, inclusive eles têm programas em inglês aqui. Então, se a pessoa não fala japonês, mas fala inglês, ela também tem oportunidades incríveis. Eu penso assim, se você, tem um sonho, vai atrás que vai dar certo.

Portal Mie: Quais são os seus projetos futuros?

Bibi Bailas: Então, o nosso projeto futuro mais acertado e que estamos muito felizes é que nós vamos nos mudar para o Brasil entre o final desse ano e o comecinho do ano que vem, porque estamos abrindo uma escola no Brasil de educação infantil bilíngue com o inglês e português, mas também terá o extra de japonês e atividades em japonês. O Hiro, que é meu esposo, é ex-atleta de kendo e campeão. Atualmente ele não é mais atleta intenso, mas ainda pratica e vai ensinar kendo também para algumas crianças na escola.

Ele também tem bastante opção na carreira dele mesmo para seguir lá, mas queremos ensinar, ciência para crianças, ecologia, musicalização e idiomas com muitas atividades bacanas e diferentes do comum. A escola se chama Escola Internacional do Parque e está localizada no Parque Una, em Pelotas (RS), que é um bairro planejado com árvores, lagos, jardim. É um lugar lindo. Tem até um Instagram da escola, que é @escolainternacionaldoparque. Nós pretendemos trazer culturas diferentes para as crianças ao longo do ano.

Elas vão aprender sobre culturas, cores, texturas, música, sons, metodologias ativas. Ou seja, a criança é a protagonista do aprendizado. É uma escola totalmente para incentivar a criança a ser independente, aprender e ter senso crítico. Eu acho que o combate à desinformação começa quando ensinamos senso crítico para a criança, quando ensinamos a criança a pensar. Então, é isso que a gente quer na escola.

Agradecimentos:
É importante salientar que as pessoas que mais me ajudam a desenvolver meu trabalho atualmente são minha família, incluindo minha mãe, meu pai, meu esposo que estão sempre ali dispostos a fazer tudo para que eu siga em frente. Gostaria também de agradecer ao meu público que está sempre presente me ajudando em absolutamente tudo.  Bibi Bailas está participando do Prêmio Inspiradores 2023 na categoria: Mulheres na Ciência toque para votar aqui.

Contatos de Bibi Bailas
Canal no YouTube: Física e Afins
Insta: Gabriela Bailas
Facebook: Bibi Bailas

Reportagem
Clayton Moraes – Fotógrafo & Colunista
Fotos – cedidas

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