O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá viajar até a Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês) que separa as duas Coreias como parte de sua primeira visita à Coreia do Sul em novembro, divulgou a Yonhap News na terça-feira (10), citando um oficial militar não identificado.
A expectativa é de que Trump envie uma “mensagem significante” à Coreia do Norte, tanto verbalmente ou “cineticamente” durante a viagem, disse a Yonhap, sem elaborar sobre o que pode significar.
Enquanto Trump estaria seguindo seus predecessores ao visitar a área altamente fortificada, qualquer visita à “vila de cessar-fogo” de Panmunjon e a um posto de observação na DMZ ocorreria em meio às crescentes tensões na península coreana.
Dentro da “vila cessar-fogo” há uma Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês) onde tropas norte-coreanas carregam pistolas, além de tirar fotos e filmar os visitantes.
Só “uma coisa funcionaria” com a Coreia do Norte, disse Trump
No domingo (8) Trump fez uma postagem no Twitter dizendo que somente “uma coisa funcionaria” para evitar que o regime de Kim Jong-un desenvolva futuramente um arsenal nuclear que visa atingir os Estados Unidos.
Enquanto Trump não forneceu qualquer explicação adicional, ele deixou observadores especulando que isso pode ser uma escolha militar. Ele também diminuiu esperanças para conversas diretas entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, como divulgado por seu secretário de estado Rex Tillerson.
Dor de cabeça para as autoridades sul-coreanas
No entanto, é provável que uma visita de Trump à DMZ crie uma grande dor de cabeça relacionada à segurança para as autoridades sul-coreanas, cita o britânico The Telegraph.
Visitantes que participam de tours à JSA devem preencher uma declaração a qual determina que a visita “implicará a entrada em uma área hostil e a possibilidade de ferimentos ou morte como resultado de ação inimiga.”
Trump visitará Japão, Coreia do Sul, China entre outros
A Casa Branca disse no final de setembro que Trump viajará ao Japão, Coreia do Sul, China, Vietnã, Filipinas e Havaí entre os dias 3 a 14 de novembro, mas ainda não divulgou um itinerário detalhado.
Na terça-feira, o Sul disse que estava mantendo prontidão militar integral após a intensa especulação de um possível teste de míssil balístico do Norte, visto que o regime marcou um aniversário importante.
Tensões em relação ao programa de armas da Coreia do Norte aumentaram nos últimos meses, com Pyongyang lançando vários mísseis e conduzindo seu sexto e mais poderoso teste nuclear em desafio às sanções das Nações Unidas.
A Coreia do Norte costuma realizar testes provocativos para marcar comemorações históricas importantes e o país celebrou o 72º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia na terça-feira (10).
Fonte: Bloomberg, AFP Jiji Imagem: Wikimedia