Os estrangeiros em situação irregular com seus vistos de permanência são detidos e ficam nos presídios do Departamento de Imigração, onde não são aceitas crianças. Por isso, vem aumentando o número de pequenos separados dos pais, encaminhados para o Jidosodansho ou Centro de Aconselhamento Infantil.
Através dos dados do Ministério da Justiça a imprensa japonesa soube que em 2017 havia 28 crianças estrangeiras separadas de seus familiares. Se Trump foi criticado por fazer isso, o mesmo vem ocorrendo no Japão. De 2016 ao ano seguinte houve um aumento de 700% de crianças separadas da família.
Um advogado especializado em direitos humanos critica “Não há histórico de pais que deixam seus filhos no Japão e escapam, por isso a detenção é desnecessária e sem sentido”.
Há uma grande preocupação com o estado emocional das crianças colocadas no Jidosodansho. Em 2017 uma família de turcos recém-chegada foi encaminhada separadamente. Os pais, cada um em um presídio diferente, e duas crianças em idade pré-escolar foram para a instituição de abrigo.
Outro advogado especializado em direitos humanos aponta sobre a proibição da intervenção do país na separação da família.
O Japão é membro da Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados “mas não tem feito quase nada, é melhor que não seja”, declarou uma curda cujo marido está detido há 1 ano e 2 meses. “A família está separada e as crianças sofrem”, afirmou. Ela e seus filhos estão sob cuidados de voluntários que apoiam essas vítimas.
Fontes: ANN e Tokyo Shimbun