A fabricante de produtos para o consumidor Iris Ohyama deverá ser a primeira empresa japonesa a receber um subsídio do governo para transferir produção para fora da China como parte de um esforço voltado a construir mais redes de fornecimento flexíveis.
Com início em junho, a Iris começará a produzir máscaras cirúrgicas na fábrica Kakuda, em sua base de operações localizada na província de Miyagi, nordeste do Japão. A companhia produzirá máscaras a partir do zero, incluindo as de não tecido, a fim de ficar independente de fornecedores do exterior. Até agosto, ela planeja produzir cerca de 150 milhões de máscaras por mês.
O governo separou mais de ¥240 bilhões ($2.2 bilhões) no orçamento suplementar do ano fiscal de 2020 para preparar um subsídio voltado às companhias que reorganizam suas redes de fornecimento.
Originalmente, a Iris tinha a intenção de usar um subsídio do governo que encoraja a produção de máscaras, mas agora ela solicitou aquele de realinhamento para rede de fornecimento.
Atualmente, a Iris produz máscaras cirúrgicas em fábricas chinesas na cidade portuária de Dalian, na província de Liaoning e em Suzhou, a oeste de Xangai, com não tecidos e outros materiais principais adquiridos de companhias locais.
O novo coronavírus paralisou a fabricação e logística em todo o mundo, principalmente ao expor as vulnerabilidades de empresas japonesas, as quais dependem da China para mais de 20% de suas necessidades de peças e materiais.
O primeiro-ministro Shinzo Abe saiu em apoio de investimentos para fortalecer a produção doméstica e redes de aquisição.
“Produtos que dependem de um único país e têm alto valor agregado voltarão ao Japão como base de operações”, disse Abe durante uma reunião do governo em março.
“Mesmo se os produtos não dependem de uma única nação, e não tem alto valor agregado, a fabricação será diversificada para a ASEAN (Associação nas Nações do Sudeste Asiático)”.
O governo pedirá às empresas que considerem se a aquisição estável e produção podem ser mantidas em tempos de crise. Ele também dará suporte a reformas em indústrias como as de autopeças e eletrônicos.
Fonte: Asia Nikkei