Na terça-feira (24) o órgão de turismo da China pediu aos viajantes chineses que não se hospedem em uma grande rede de hotel no Japão após a operadora do estabelecimento ter sido criticada por colocar nos quartos um livro, escrito por seu chefe executivo, que nega o Massacre de Nanjing de 1937.
O pedido feito pela Administração Nacional de Turismo da China para que os viajantes boicotem a rede de hotéis, administrada pelo APA Group com sede em Tóquio, ocorre um pouco antes do feriado de Ano Novo chinês, que tem início na sexta-feira (27), quando muitos turistas chineses virão ao Japão.
Cópias do livro afirmando que o massacre de 1937, cometido por soldados japoneses na cidade chinesa de Nanjing, não ocorreu foram colocados em centenas de quartos operados pelo grupo APA hotel, irritando Pequim. Apesar da desaprovação chinesa, o APA, até agora, se recusou a remover cópias do livro, escrito pelo CEO Toshio Motoya, sob um pseudônimo.
Esse tipo de abordagem errada (cometida pelo APA) é uma completa provocação aos turistas chineses e nos opomos firmemente (a isso)”, disse Zhang.
A revelação da existência do livro causou fúria na mídia social da China
A China diz que 300.000 pessoas morreram em Nanjing em uma série de execuções, estupros e destruição de 6 semanas cometidos por tropas japonesas e acusa Tóquio de não reparar totalmente o episódio.
A revelação da existência do livro causou fúria na mídia social da China. O livro, escrito em japonês e inglês, cita que o incidente em Nanjing foi fabricado. Segundo o CEO Motoya, autor do livro, a morte de 300.000 pessoas era impossível porque a população da cidade na época era de apenas 200.000.
As tropas japonesa invadiram a China em 1930 e os dois países travaram uma guerra de grande escala, de 1937 até a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Fonte: Japan Today Imagem: Wikimedia Commons