Inédito no Japão: estrangeiro será presidente da Associação dos Advogados

A Associação dos Advogados de Hyogo anunciou que o novo presidente eleito é um colega estrangeiro formado no Japão. Saiba mais.

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O atual presidente da Associação dos Advogados da Província de Hyogo (entidade parecida com a OAB), Koji Yoneda, anunciou que o próximo a ocupar essa cadeira é um colega estrangeiro. Isso repercutiu imediatamente na imprensa japonesa esta semana. Segundo o atual presidente, isso é inédito na história de Hyogo e ele acredita que seja também em todo o Japão.

Quem é o advogado estrangeiro

Advogado Shogo Haku, sul-coreano (Hyogo Shimbun)

A posse será em 1 de abril deste ano, por um ano. O eleito e nomeado para o cargo é o advogado Shogo Haku, 54, natural de Seul, Coreia do Sul, nascido em março de 1962, segundo o Kobe Shimbun. Haku veio do seu país em 1974, acompanhando o pai, em missão de trabalho.

Na Universidade Ryukyu (Okinawa) formou-se em Letras e Direito. Em 1993 registrou-se na Associação dos Advogados da Província de Osaka, mudando para Hyogo em 1996, onde já ocupou o cargo de vice- presidente.

Haku sofreu um acidente de trânsito antes de sua vinda ao Japão, quando perdeu o braço direito. Aos colegas falou sobre esse assunto e também sobre as violações dos direitos humanos, referindo-se aos discursos de ódio contra os estrangeiros no Japão.

“Com o fato de assumir o cargo, ficarei feliz se isso contribuir para diminuir o problema, mesmo que seja só um pouco, rumo à resolução”, declarou na frente dos colegas, segundo o jornal Mainichi.

Advogado estrangeiro não pode se tornar juiz

O jornal destacou que a nacionalidade do advogado não é empecilho para o exercício da profissão, para se registrar como tal e tampouco para assumir o cargo de presidente da associação. A legislação só não permite se tornar juiz ou promotor, por serem vagas de concurso público, restrito aos cidadãos nacionais.

Fonte: Mainichi Shimbun
Imagens: Pixabay/Kobe Shimbun

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China pede a seus cidadãos que não se hospedem em grande rede de hotel no Japão

Publicado em 26 de janeiro de 2017, em Sociedade

Governo da China pede aos turistas que não se hospedem em uma das maiores redes de hotéis do Japão. Entenda o assunto.

Um dos hotéis do grupo APA, o Kokura Eki Mae, em Fukuoka (Wikimedia/Soramimi)

Na terça-feira (24) o órgão de turismo da China pediu aos viajantes chineses que não se hospedem em uma grande rede de hotel no Japão após a operadora do estabelecimento ter sido criticada por colocar nos quartos um livro, escrito por seu chefe executivo, que nega o Massacre de Nanjing de 1937.

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O pedido feito pela Administração Nacional de Turismo da China para que os viajantes boicotem a rede de hotéis, administrada pelo APA Group com sede em Tóquio, ocorre um pouco antes do feriado de Ano Novo chinês, que tem início na sexta-feira (27), quando muitos turistas chineses virão ao Japão.

Cópias do livro afirmando que o massacre de 1937, cometido por soldados japoneses na cidade chinesa de Nanjing, não ocorreu foram colocados em centenas de quartos operados pelo grupo APA hotel, irritando Pequim. Apesar da desaprovação chinesa, o APA, até agora, se recusou a remover cópias do livro, escrito pelo CEO Toshio Motoya, sob um pseudônimo.

Esse tipo de abordagem errada (cometida pelo APA) é uma completa provocação aos turistas chineses e nos opomos firmemente (a isso)”, disse Zhang.

A revelação da existência do livro causou fúria na mídia social da China

A China diz que 300.000 pessoas morreram em Nanjing em uma série de execuções, estupros e destruição de 6 semanas cometidos por tropas japonesas e acusa Tóquio de não reparar totalmente o episódio.

A revelação da existência do livro causou fúria na mídia social da China. O livro, escrito em japonês e inglês, cita que o incidente em Nanjing foi fabricado. Segundo o CEO Motoya, autor do livro, a morte de 300.000 pessoas era impossível porque a população da cidade na época era de apenas 200.000.

As tropas japonesa invadiram a China em 1930 e os dois países travaram uma guerra de grande escala, de 1937 até a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Fonte: Japan Today
Imagem: Wikimedia Commons

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