O comodoro da RAAF Carl Newman e o coronel da ASDF Masahi Ota apertam as mãos em frente a uma das aeronaves japonesas (NHK World)
Duas aeronaves da Força Aérea de Autodefesa do Japão – ASDF chegaram a uma base aérea nos arredores de Sydney na quinta-feira (16) para auxiliar nos esforços australianos em combater incêndios florestais sem precedentes e fatais em todo o país.
O coronel da ASDF Masahi Ota que está liderando a missão, disse aos repórteres na chegada que ele está satisfeito em poder retribuir o suporte militar que a Austrália ofereceu ao Japão após o terremoto e tsunami de março de 2011 que devastou o nordeste do arquipélago.
“A força aérea australiana enviou muitas aeronaves militares para ajudar na recuperação do Japão e isso foi uma grande ajuda para nós”, disse o coronel. “Nunca esqueceremos o que a Austrália fez naquela época”.
Os dois aviões de transporte C-130, levando 70 membros da ASDF, chegaram à base da Real Força Aérea Australiana- RAAF de Richmond, a cerca de 60Km a noroeste de Sydney, para se juntarem a oito membros da ASDF já na Austrália.
Enquanto detalhes específicos de como e onde o pessoal da ASDF auxiliará nos esforços militares australianos ainda estejam sendo decididos, eles devem ser enviados aos estados de Novas Gales do Sul, Victoria e Sul da Austrália conforme necessário.
O comodoro da RAAF Carl Newman disse que enquanto o pessoal da Real Força auxilie regularmente em alívio de desastres no exterior, é “muito raro” receber suporte de parceiros internacionais.
“Os adicionais C-130 que os japoneses estão trazendo serão vitais para nos ajudar. É uma reflexão verdadeira de amigos ajudando um ao outro em crise”, disse ele.
Nacionalmente, 28 pessoas morreram em decorrência dos incêndios florestais, os quais vêm queimando em todo o sudeste da Austrália desde setembro. Estima-se que bem mais de 10 hectares de terra foram arrasados e mais de 1 bilhão de animais morreram.
A força japonesa de defesa se junta a um grande contingente internacional que está auxiliando a Austrália no combate aos incêndios incluindo forças militares da Nova Zelândia, Singapura e Papua-Nova Guiné.
Fonte: Mainichi
