Carlos Ghosn (arquivo da ANN)
O esperado pronunciamento do ex-executivo da Nissan e Renault, Carlos Ghosn, 65, será em coletiva de imprensa, na noite de quarta-feira (8) em Beiture, no Líbano, por volta das 22h, horário local.
Publicidade
No entanto, na terça-feira (7), Ghosn se adiantou e emitiu um comentário, através de sua assessoria de imprensa, que lamenta a notícia da ordem de prisão da sua esposa, Carole Nahas, 53, suspeita de destruir evidências que incriminam o marido. A ordem de prisão foi emitida pelo Ministério Público de Tóquio e, segundo o jornal Mainichi, o ministério pretende acionar a Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal (ICPO).
Nissan quer despejar Ghosn e Carole
A emissora FNN informou pelo seu noticiário, na terça-feira, que o advogado da Nissan entrou com uma ordem de despejo do casal Ghosn, atualmente ocupando a mansão em Beirute, capital do Líbano.
Mansão em Beirute, onde Carole é vista entrando e saindo (FNN)
Segundo a empresa, a casa pertence a uma subsidiária da montadora. “Nós definitivamente venceremos. Ghosn não tem o direito de tomar esta casa”, disse o advogado.
No local, existe uma tumba arqueologicamente valiosa com um valor equivalente a 1,8 bilhão de ienes, e os moradores locais foram instruídos a proteger a propriedade.
A decisão no tribunal local deverá sair em aproximadamente 1 mês.
Câmera grava Ghosn indo para hotel
O noticiário da ANN obteve imagens de uma câmera de segurança de Minato-ku, Tóquio, onde se vê nitidamente Carlos Ghosn, pouco antes das 15h de 29 de dezembro, data de sua fuga.
Pouco antes das 15h de 29/dez (ANN)
Ele estava todo vestido de preto e se supõe que estava indo em direção ao hotel. Segundo a imprensa japonesa, ele se trocou nesse hotel, cuja reserva foi feita por um estrangeiro. Depois, saiu acompanhado de 2 homens em direção à estação de Shinagawa, onde embarcaram no shinkansen com destino a Shin Osaka.
Advogados não entregam o computador usado por Ghosn
Segundo a ANN, o Ministério Público de Tóquio solicitou ao escritório de advogados da capital que cedesse o computador que foi usado pelo então cliente e réu Carlos Ghosn. No entanto, isso não foi atendido.
Os promotores parecem estar investigando como o fugitivo se comunicou com os envolvidos da equipe que articulou a sua saída ilegal do país.
Fontes: ANN, FNN, Mainichi e Nikkan Sports