À esq. foto do brasileiro procurado (Pol. Osaka) e à dir. a esposa e filha encontradas mortas (rede social)

O brasileiro Anderson Robson Barbosa, 34 anos, que fugiu do Japão e estava sendo procurado no Brasil como suspeito de assassinato da esposa e filha, foi encontrado em São Paulo-SP e preso pela Polícia Federal, na tarde de sexta-feira (14), horário de Brasília. 

O preso Anderson Robison Barbosa foi encaminhado para a unidade prisional de Curitiba-PR. A Polícia Federal emitiu uma nota informando que “o mandado de prisão do Japão não tinha validade no Brasil. Foi expedido mandado de prisão pela Justiça Federal de Curitiba em razão de pedido de cooperação jurídica internacional enviado pelo Japão”, segundo O Globo. No entanto, a polícia japonesa informou que o suspeito foi colocado na lista dos procurados internacionalmente, a Interpol, em setembro do ano passado.

O suspeito de assassinato é natural de Londrina-PR e a residência de sua família, em Cambé-PR, também foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal.  

Quase um ano depois do crime que abalou a comunidade

Foto dele em família (rede social) e foto do brasileiro no aeroporto de Narita (Pol. Osaka)

O brasileiro Anderson foi preso quase um ano depois, pois a polícia japonesa, de Sakai (Osaka) acredita que o crime tenha ocorrido entre 20 e 21 de agosto de 2022. É tido como suspeito do assassinato, a facadas, da esposa Manami Arakaki, 29, e da filha Lily, de 3 anos, no apartamento onde viviam, em um prédio na cidade de Sakai. 

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A polícia descobriu que em 22 de agosto o brasileiro Anderson tomou um voo para o Brasil, partindo do aeroporto de Narita. As vítimas foram encontradas em 24 de agosto.

Passados alguns dias, uma pessoa do relacionamento dele, do Japão, mostrou uma troca de mensagens por uma das redes sociais, quando o suspeito afirmou que não matou sua filha, que teria sido sua esposa.

A imprensa brasileira havia noticiado que o suspeito de assassinato, Anderson, se entregaria voluntariamente em setembro do ano passado, mas isso não aconteceu.

Como não há tratado de extradição entre o Japão e o Brasil, uma equipe da Polícia da Província de Osaka foi ao Brasil em novembro do ano passado, quando considerou a solicitação de punição segundo as leis brasileiras, procedimento chamado de dairi shobatsu (代理処罰).   

Nessa ocasião, todo o processo de investigação traduzido em português foi entregue às autoridades brasileiras.

Releia a matéria sobre como se resolve um caso criminal cometido no Japão, quando o suspeito é brasileiro e foge para o Brasil.

Fontes: Asahi, Sankei, NHK e MBS