
Imagem: NHK
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 26 de janeiro tarifas de emergência de 25% sobre todos os produtos colombianos, escalando para 50% dentro de uma semana, em resposta à recusa da Colômbia em permitir o desembarque de 160 imigrantes deportados em aviões militares.
A decisão gera tensões comerciais e pode impactar profundamente a economia colombiana, que tem os EUA como seu maior parceiro comercial.
Trump criticou o presidente colombiano, Gustavo Petro, alegando que a decisão comprometeu a segurança nacional e pública dos EUA.
A Colômbia, por outro lado, manifestou insatisfação com o uso de aviões militares para deportação, além de práticas como o transporte de deportados com algemas e outros itens.
Petro respondeu com tarifas retaliatórias de 25% sobre produtos importados dos EUA e anunciou um plano para substituir produtos americanos por nacionais.
Os EUA são o maior destino das exportações colombianas, representando 29% do total, entre itens como petróleo, ouro, café e flores. A Colômbia é também o quarto maior fornecedor de petróleo dos EUA, com 215 mil barris diários exportados.
As sanções de Trump incluem:
- Proibição imediata de vistos para autoridades colombianas, seus familiares e apoiadores do governo Petro.
- Inspeções alfandegárias rigorosas para pessoas e mercadorias colombianas.
- Sanções financeiras abrangentes, potencialmente limitando acesso a sistemas bancários globais.
Em resposta, a embaixada dos EUA na Colômbia anunciou o fechamento temporário do setor de vistos, afetando centenas de agendamentos.
As tensões comerciais elevaram a busca por ativos seguros, como o dólar, que se valorizou contra as principais moedas globais.
O peso mexicano caiu 1,2% em relação ao dólar, enquanto os futuros de títulos do Tesouro dos EUA subiram. O índice S&P 500 também apresentou queda de 0,5% devido à maior demanda por ativos de segurança.
Fonte: Bloomberg