A demanda por novos reatores “secou” no país em consequência do desastre nuclear de Fukushima em 2011 e perspectivas desoladoras para exportações são problemas duplos que ameaçam o destino da tecnologia nuclear do país.
Nenhuma construção nacional de um novo reator teve início nos últimos 8 anos. O catastrófico acidente da planta nuclear de Fukushima Daiichi afetou os planos da indústria. O quadro para exportação de tecnologia nuclear japonesa se encontra em uma situação difícil.
As fabricantes japonesas de reatores e fornecedoras de componentes fundamentais estão agora enfrentando a possibilidade de perda de sua viabilidade tecnológica.
As 3 principais fabricantes de reatores no Japão (Hitachi, Mitsubishi Heavy Industries e Toshiba) estão buscando manter seus negócios de energia nuclear, porém, gerando lucros a partir de trabalho destinado a aumentar a segurança de plantas nucleares existentes, afastando-se da construção de novos reatores.
À título de curiosidade, nenhum reator começou a ser construído desde a unidade Nº3 na planta nuclear de Tomari em Hokkaido, que iniciou a construção em 2009.
“Nós também interrompemos nossos esforços para transferir habilidades e conhecimentos às gerações mais jovens de funcionários”, disse um executivo sênior de uma grande fabricante de reatores.
A situação também prevê uma má sorte para as fornecedoras de peças de reatores, já que a construção de um reator exige o envolvimento de 300 a 500 fornecedoras que possuem tecnologias especiais.
“Não é fácil recuperar tecnologia uma vez que é perdida”, alertou Juichiro Takada, presidente da empresa Takada (Kitakyushu, em Fukuoka), que fornece tanques de armazenamento e tubulações para vária plantas nucleares.
Fonte e imagem: Nikkei