Carlos Ghosn (NHK)
O ex-presidente do conselho da Nissan, Carlos Ghosn, foi preso novamente nesta quinta-feira (4).
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A equipe de promotores japoneses está configurando um novo caso contra ele em relação a pagamentos feitos a um empresário no Omã, de acordo com reportagens.
Ghosn chamou a prisão de “absurda e arbitrária” e disse que “era parte de uma outra tentativa por alguns indivíduos da Nissan de silenciá-lo”.
O chefe destituído da Nissan foi preso pela primeira vez em novembro do ano passado e acusado de uso indevido de fundos da empresa e de subnotificar seus rendimentos na montadora japonesa, onde ele atuou como presidente.
Ghosn, que nega todas as alegações, foi solto sob fiança após passar mais de 100 dias na prisão. Ele foi afastado de todos os seus cargos na aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Se considerado culpado, Ghosn poderá enfrentar 15 anos de prisão.
Em uma declaração emitida nesta quinta-feira, Ghosn reiterou: “Sou inocente dessas acusações infundadas contra mim”.
“Minha maior esperança e desejo hoje é de um julgamento justo”, disse.
O advogado de Ghosn, Junichiro Hironaka, disse “Entendo que a promotoria queira tornar a acusação vantajosa para ela e tomar Ghosn como refém para prejudicá-lo, mas não compreendo qual é o significado. Acho o método muito inapropriado”.
O Wall Street Journal reportou na semana passada que executivos da Nissan haviam tomado medidas para prender Ghosn na esperança de que sua prisão paralisaria quaisquer tentativas de unir a montadora japonesa com sua equivalente francesa, a Renault. Também houve várias teorias no mundo automotivo de que executivos da Nissan podem ter tido um papel em sua prisão.
Na quarta-feira (3), um dia antes de sua prisão, Ghosn tuitou que estava “se preparando para contar a verdade sobre o que estava acontecendo”. Ele também anunciou que realizaria uma coletiva de imprensa na próxima semana, em 11 de abril.
Fonte: CNBC