O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia-MEXT divulgou o número de estudantes estrangeiros do primário e ginásio frequentando as escolas japonesas.
Em 1.º de maio deste ano são 124.049 crianças e adolescentes estudando em todo país. Mas a preocupação está no recorde daqueles que não estão estudando. Esse número chegou a 21.170 crianças, o que ilustra o quadro insuficiente do sistema educacional para crianças estrangeiras.
Os maiores números estão nas províncias com mais concentração de residentes estrangeiros como Tóquio com 8.040, 2.382 em Kanagawa, 1.999 em Aichi, 1.564 em Chiba, 1.516 em Osaka, entre outras.
Em mais de 1,1 mil cidades as autoridades locais não tinham consciência dessas crianças fora dos bancos escolares.
A pesquisa também constatou que são 50.759 crianças e adolescentes que necessitam de reforço no idioma japonês, recorde. Mas, entre eles há também os de cidadania japonesa que retornaram ao país, somando 10.274.
Os pequenos e jovens que recebem aulas de reforço ou algum tipo de apoio das escolas são 11.008, ou cerca de 20%.
Pano de fundo desse problema
No pano de fundo se pode ver a falta de professores da língua japonesa, o que frustra os alunos que desconhecem o idioma mesmo indo à escola. Mas também a dificuldade para fazer contato com os pais, pela ausência, sem saber se deixaram o país ou se mudaram para outra província.
Em Gunma são 412 crianças e adolescentes estrangeiros fora da escola, mas o conselho conseguiu confirmar somente com 47 deles. Em relação aos demais 365 não se consegue contato com os pais ou responsáveis.
Embora as crianças estrangeiras não sejam alvo da educação obrigatória – primário e ginásio do Japão – têm direito a isso, de acordo com os direitos humanos. Segundo o conselho de Gunma os pais que desejam o ensino japonês para seus filhos serão recebidos tal qual as crianças japonesas, fazendo valer esse direito.
Fontes: Mainichi e Yomiuri