‘Dedos de Covid’, os mais recentes raros sinais possíveis do vírus

Informalmente chamados de ‘dedos de Covid’, são inchaços vermelhos, doloridos e às vezes que causam coceira parecidos com frieiras.

(Imagem ilustrativa/PM)

Dermatologistas, repentinamente, começaram a dar mais atenção aos dedos dos pés – seja por fotos enviadas por email ou vídeos – visto que essa preocupação cresce para algumas pessoas, um sinal de que a Covid-19 pode aparecer em um local incomum.

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A dermatologista de Boston, nos EUA, Esther Freeman, esperava receber queixas em relação à pele enquanto a pandemia se desdobrava – vários tipos de erupções cutâneas ocorrem quando as pessoas ficam muito doentes decorrentes de outros vírus.

“Mas eu não estava antecipando que essas seriam nos dedos dos pés”, disse Freeman do Hospital Geral de Massachusetts, que viu através de telemedicina mais dedos dos pés nas últimas várias semanas do que em sua carreira toda.

“Eles estão sendo chamados de “Covid toes” (dedos de Covid), inchaços vermelhos, doloridos e às vezes que causam coceira e parecem frieiras, algo que os médicos normalmente veem nos pés e mãos de pessoas que passaram longo tempo ao ar livre no frio.

Não corram para a emergência se os dedos dos pés são a única preocupação, disse a Academia Americana de Dermatologia.

A imagem de 3 de abril de 2020 da Universidade Northwestern mostra descoloração nos dedos dos pés de um paciente adolescente no início de uma condição informalmente conhecida como “Dedos de Covid” (Mainichi via AP)

No início deste mês, a academia emitiu alerta que uma consulta via telemedicina é o primeiro passo para as pessoas que têm dúvidas se estão com dedos de Covid e que não têm outra razão para cuidado urgente. Médicos então devem decidir se o paciente deve ficar em casa em isolamento ou ser submetido a teste.

Os sintomas mais comuns de coronavírus são febre, tosse seca e falta de ar – e algumas pessoas são contagiosas apesar de nunca terem vivenciado sintomas. Mas como esse vírus confuso continua a se espalhar, sintomas menos comuns estão sendo relatados incluindo perda de olfato, vômito e diarreia, e cada vez mais, uma variedade de problemas na pele.

Em um relatório, dermatologistas avaliaram 88 pacientes de Covid-19 em um hospital italiano e descobriram que 1 em cada 5 tinha algum tipo de sintoma na pele, a maioria erupções cutâneas no tronco. Em um outro, médicos espanhóis reportaram 375 pacientes infectados com várias queixas em relação à pele, de urticárias a lesões parecidas com catapora a inchaço dos dedos dos pés.

Fotos de dedos dos pés avermelhados e erupções cutâneas em toda a mídia social e grupos de chats de médicos “já possibilitaram o rápido reconhecimento de sinais de pele pelos dermatologistas. Agora é hora para ciência rigorosa” a fim de compreender a ligação, escreveu a Dra. Kanade Shinkai da Universidade da Califórnia, São Francisco, nos EUA, em um recente editorial da revista médica JAMA Dermatology.

Freeman de Boston dirige um registro internacional de Covid-19 para médicos reportarem casos de sintomas de pele possivelmente ligados ao vírus. De 500 relatos desde o fim de março, cerca da metade são locais com frieiras nos pés, disse ela.

Frieiras, que os médicos chamam de “pernio” são reações inflamatórias. Quando reações parecidas com pernio aparecem em pacientes infectados por coronavírus é um dos muitos mistérios. Para algumas pessoas, é a primeira vez ou mesmo o único sintoma que elas notam. Outras veem o problema nos dedos dos pés ao mesmo tempo ou mesmo poucas semanas após vivenciarem sintomas mais comuns e graves da Covid-19.

Está aparecendo em jovens também, de acordo com a Dra. Amy Paller da Universidade Northwestern, que faz parte de um registro de dermatologia pediátrica que também está coletando imagens de dedos dos pés de pacientes.

Dentre as teorias: é somente inflamação desencadeada por uma infecção ao invés do frio? É o vírus causando irritação na linha de vasos sanguíneos na pele, ou talvez causando coágulos sanguíneos microscópicos?

“A mensagem de saúde pública é não entre em pânico”, disse Freeman, citando que a maioria dos pacientes que ela viu não ficou severamente doente.

Eles são contagiosos? “Não podemos dizer ao simplesmente olhar para seus dedos”, disse ela. Outras condições médicas, como lúpus, podem causar pontos similares – uma outra razão que os médicos devem discutir para a saúde geral de cada paciente e próximos passos para teste ou outro cuidado necessário.

Fonte: Mainichi

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Economia japonesa entra em recessão

Publicado em 18 de maio de 2020, em Economia

A queda de 3,4% no crescimento do PIB para os primeiros meses de 2020 segue um declínio de 6,4% no último trimestre de 2019, empurrando o Japão para uma recessão técnica.

Calculadora, notas e moedas de ienes (ilustrativa/PM)

O Japão entrou em recessão pela primeira vez desde 2015, visto que o custo financeiro do coronavírus continua a aumentar, de acordo com matéria publicada pela BBC nesta segunda-feira (18).

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A terceira maior economia do mundo encolheu a um ritmo anual de 3,4% nos primeiros 3 meses de 2020.

O coronavírus está causando caos na economia global com um custo estimado de até $8.8 trilhões.

Na semana passada, a Alemanha entrou em recessão, visto que grandes economias enfrentam o impacto de lockdowns sustentados.

O Japão não aplicou um lockdown nacional, mas emitiu um estado de emergência em abril que afetou severamente as redes de fornecimento e negócios na nação dependente de comércio.

A queda de 3,4% no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para os primeiros meses de 2020, segue um declínio de 6,4% durante o último trimestre de 2019, empurrando o Japão para uma recessão técnica.

Consumidores no Japão vêm sendo afetados pelo impacto duplo, do coronavírus e aumento do imposto sobre consumo (shohizei) de 8 para 10 por cento que entrou em vigor em outubro de 2019.

Enquanto o Japão suspendeu seu estado de emergência em 39 de suas 47 províncias, a perspectiva econômica para esse trimestre atual é igualmente sombria.

Analistas entrevistados pela Reuters preveem que a economia do país encolha 22% durante o período de abril a junho, que seria seu maior declínio em registro.

O governo japonês já anunciou um pacote de estímulo recorde de $1 trilhão e o Banco do Japão – BOJ expandiu suas medidas de estímulo pelo segundo mês consecutivo em abril.

O primeiro-ministro Shinzo Abe prometeu um segundo orçamento no fim deste mês para financiar novas medidas de gastos a fim de amortecer o golpe econômico causado pela pandemia.

O Japão enfrenta um desafio único, visto que sua economia está estagnada há décadas, comparada às economias mais dinâmicas das rivais EUA e China.

A nação japonesa também depende pesadamente de exportação de seus produtos e tem pouco controle na demanda do consumidor em outros países, que foi duramente impactada pelos lockdowns do coronavírus. Muitas de suas maiores marcas, como as montadoras Toyota e Honda, têm registrado quedas nas vendas em todo o mundo.

O turismo, que há muito tempo vem sendo um estímulo para a economia japonesa, também foi muito afetado, já que a pandemia mantém os turistas distantes. O Japão tem mais de 16 mil casos confirmados de coronavírus e cerca de 740 mortes.

Como ele se compara a outras grandes economias?

As coisas parecem desoladoras para a economia japonesa a curto prazo, junto com outras grandes economias em todo o mundo.

Mas, apesar de ser a primeira das três principais economias do mundo a entrar oficialmente em recessão, o país na verdade parece estar fazendo melhor, ou menos mal, do que outras grandes economias.

Enquanto economistas preveem que a economia do Japão encolherá a um ritmo anual de 22% no período de abril a junho, eles também preveem que os EUA poderiam contrair em mais de 25%. A taxa de declínio anual de 3,4% no primeiro trimestre também se compara favoravelmente aos 4,8% que os EUA sofreram nos primeiros três meses deste ano.

Esse foi o declínio mais acentuado para a economia dos EUA, a maior do mundo, desde a Grande Depressão dos anos 1930.

A China, a segunda maior economia do mundo, viu crescimento econômico encolher 6,8% nos primeiros três meses de 2020 comparado ao ano anterior, sua primeira contração trimestral desde o início dos registros.

Ainda não houve confirmação de que ambas essas economias entraram em recessão técnica, que é definida como dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, mas a maioria dos economistas espera que elas entrem nos próximos meses.

Fonte: BBC

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