Dois homens transportando seus pertences em bicicletas em Kaesong, na Coreia do Norte (ilustrativa/banco de imagens)

A Rússia está enviando uma delegação à Coreia do Norte para oferecer comida em troca de armas, disse o porta-voz de segurança nacional dos EUA, John Kirby.

Kirby disse que quaisquer negócios de armas entre a Coreia do Norte a Rússia violariam resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Anteriormente, os EUA acusaram a Coreia do Norte de fornecer armas para as forças militares russas na Ucrânia e o Grupo Wagner de mercenários russos.

Pyongyang negou as acusações.

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Kirby disse em uma coletiva de imprensa que os EUA tinham novas informações sobre o negócio.

“Também entendemos que a Rússia está buscando enviar uma delegação para a Coreia do Norte e que ela está oferecendo comida em troca de munições”, disse ele.

O porta-voz de segurança disse que os EUA estavam monitorando a situação, e o alegado negócio, de perto.

A Coreia do Norte é um dos países mais pobres do mundo e sofre escassez crônica de comida há décadas, incluindo fome devastadora em meados ao fim dos anos 1990.

Em fevereiro, especialistas alertaram que o país, que tem um dos governos mais autoritários do mundo, estava enfrentando uma crise crítica de alimentos devido a uma queda significante na produção, agravada pelo mau clima, controles de fronteira muito rigorosos e o efeito de sanções internacionais.

Na quinta-feira (29), em um outro caso, o Departamento do Tesouro dos EUA colocou um homem eslovaco em uma lista negra, em um caso separado, por atuar como intermediário entre a Rússia e a Coreia do Norte.

O departamento disse que Ashot Mkrtychev, de 56 anos, organizou vendas e negócios os quais permitiriam que a Coreia do Norte enviasse armas para a Rússia no fim de 2022 e início de 2023.

Em troca, Pyongyang recebeu dinheiro, aeronave comercial, commodities e matéria-prima, disseram.

Fonte: BBC