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Imagem: Jiji Press
A recente disputa entre a OpenAI e a DeepSeek, uma startup chinesa de inteligência artificial, tem atraído significativa atenção no setor de tecnologia.
A DeepSeek lançou o modelo DeepSeek-R1, que rivaliza com os principais modelos da OpenAI, como o ChatGPT, mas com custos de desenvolvimento significativamente menores. Este lançamento gerou preocupações e elogios na indústria de tecnologia americana.
O DeepSeek-R1 superou o ChatGPT em popularidade e opera com notável transparência, oferecendo código e explicações técnicas detalhadas para adaptação e melhoria.
Esta abordagem aberta contrasta com as práticas mais reservadas das principais empresas de IA dos EUA.
Em resposta a OpenAI, empresa americana de desenvolvimento de inteligência artificial, está conduzindo uma investigação sobre o possível uso indevido de sua tecnologia por indivíduos associados à startup chinesa DeepSeek, segundo informações da mídia americana.
Esta investigação está sendo realizada em colaboração com a Microsoft, que também é investidora na OpenAI, conforme reportado pela Bloomberg no dia 28 de outubro.
A Microsoft recebeu a notificação dos pesquisadores sobre a possível violação, e rapidamente envolveu-se no processo de investigação. Além disso, a DeepSeek está sob escrutínio da Casa Branca, uma vez que o porta-voz do NSC (Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos) confirmou que está analisando o impacto da tecnologia da empresa em relação à segurança nacional.
Durante uma conferência de imprensa realizada no mesmo dia, o porta-voz se limitou a afirmar que mais detalhes seriam compartilhados conforme disponíveis, sem se aprofundar no conteúdo específico da investigação. O avanço da tecnologia da DeepSeek, comparável à da OpenAI, está gerando controvérsias e preocupações.
Em resposta às consultas das agências de notícias como a Reuters, a OpenAI destacou sua postura de colaboração estreita com o governo dos Estados Unidos para proteger seus modelos de IA mais avançados de adversários ou concorrentes.
A DeepSeek, que também anunciou ter sido alvo de um ‘ataque cibernético malicioso em grande escala‘, restringiu temporariamente novos registros para seus serviços.
Especialistas chineses, citados por várias mídias até o dia 29 de janeiro (quarta), sugerem que o ataque teria se originado a partir de endereços IP americanos.
Este aumento nas tensões pode ser um novo ponto de atrito entre os dois países. Em relação à DeepSeek, um relatório recente da NewsGuard revelou que a precisão do aplicativo de inteligência artificial da startup, em comparação a competidores americanos e europeus, é significativamente inferior, levantando dúvidas sobre suas alegações de desempenho e custo.
Fonte: NHK e Reuters