
Ilha Akuse, uma das 12 das Ilhas Tokara (NHK)
Na sexta-feira (4), o Comitê de Investigação de Terremotos do governo realizou uma reunião de emergência para discutir a alta atividade sísmica em andamento na costa das Ilhas Tokara desde o mês passado.
O presidente Sunao Hirata disse: “Pode ser que a atividade do magma tenha facilitado a ocorrência desses terremotos“. Por isso, há o risco de que a atividade continue por um período mais longo.
O professor Shinji Toda, da Universidade de Tohoku, especialista em sismologia, explica por que os terremotos ocorrem com tanta frequência: “O magma pode estar se infiltrando profundamente no subsolo e influenciando as falhas”.
O número de tremores ultrapassou 1.100 e, entre eles, um de intensidade 6 fraca ocorreu na Ilha Akuse (Akusejima), na Vila de Toshima (Kagoshima).
“É fácil imaginar que isso não acabará em três dias ou uma semana. Assim como aconteceu com a atividade em 2021, houve casos em que diminuiu por um tempo e depois voltou a se intensificar. Portanto, estejam totalmente preparados”, disse o presidente do comitê, recomendando à população local que se prepare pois existe o risco de que a situação desse enxame de terremotos se prolongue.
Ilha se moveu
Além disso, a análise dos dados de movimento da crosta revelou que a Ilha Takara (Takarajima), localizada a aproximadamente 50 km a sudoeste da Ilha Akuse (Akusekijima), moveu-se aproximadamente 4 centímetros para o sul, na manhã de quarta-feira (2) para a manhã do dia seguinte.
Durante esse movimento da crosta, ocorreu um evento sísmico de magnitude 5,6 nas proximidades.
“A quantidade de mudança foi extremamente grande, e os dados sugerem fortemente que o terremoto foi causado por uma mudança no movimento da crosta terrestre”, apontou Hirata e ressaltou que uma análise mais detalhada é necessária.
Qual é a relação dos terremotos com o vulcão Shinmoedake?

Kirishima coberta de cinzas vulcânicas (NHK)
Sobre a relação entre essa série de atividades sísmicas e o grande terremoto de Nankai Trough e o vulcão Shinmoedake, que atualmente apresenta atividade vulcânica ativa na fronteira entre as províncias de Kagoshima e Miyazaki, o presidente do comitê disse: “Não há dados científicos que relacionem essa série de terremotos à atividade vulcânica, então podemos dizer que não há conexão.
O Monte Shinmoe (Shinmoedake) entrou em erupção em 22 do mês passado, intensificando no dia 27, e na quinta-feira (3) a pluma vulcânica subiu a uma altura de 5 mil metros. No dia seguinte, sexta-feira, diminuiu para 3,3 mil metros.
Por conta disso, a cidade de Kirishima (Kagoshima), famosa por suas águas termais, está coberta de cinzas vulcânicas.
Fontes: NHK e JNN