O líder norte-coreano Kim Jong-un ordenou a produção de mais motores de foguete de combustível sólido e ogivas de mísseis, divulgou a mídia oficial do Norte nesta quarta-feira (23).
Um relato sobre a visita de Kim a um instituto químico não veio muito depois do secretário de estado americano Rex Tillerson ter aparecido para fazer um prelúdio de paz a Pyongyang, acolhendo o que ele chamou de contenção recente mostrada pelo recluso Norte.
O presidente dos EUA, Donald Trump, também demonstrou otimismo cauteloso sobre uma possível melhoria nas relações com o Norte, após meses de crescente tensão em relação aos seus programas de armas nucleares.
Kim foi informado sobre o processo de produção de míssil balístico intercontinental equipado com ogiva e motores de foguetes durante seu tour no Instituto de Material Químico da Academia de Ciência de Defesa, de acordo com a agência de notícias oficial do Norte, a KCNA.
A Coreia do Norte conduziu 2 testes nucleares e dezenas de testes de mísseis desde o início de 2016, aumentando de forma significativa as tensões na altamente militarizada península coreana. Os 2 testes de míssil balístico intercontinental em julho resultaram em uma nova rodada de sanções globais mais rigorosas.
O último teste de míssil realizado em 28 de julho colocou os EUA na faixa de alcance, motivando trocas exaltadas que aumentaram os temores de um novo conflito na península.
A Coreia do Sul e os EUA estão conduzindo um treinamento conjunto envolvendo simulações de computador de uma possível guerra na península coreana, exercícios que o Norte descreve rotineiramente como uma preparação para invasão. O treinamento teve início no dia 21 e será realizado até 31 de agosto.
Contudo, não houve qualquer retórica ardente das últimas semanas, quando Kim ameaçou lançar mísseis em direção às águas próximas a Guam, território americano, após Donald Trump ter alertado que o Norte enfrentaria “fogo e fúria” se ameaçasse os EUA.
Novas sanções dos EUA anunciadas na terça-feira (22) visaram as empresas russas e chinesas, assim como indivíduos, por dar apoio aos programas de mísseis e armas nucleares de Pyongyang.
Fonte: Japan Today, Reuters Imagem: ANN