Enquanto as vendas de automóveis no Brasil tenham se recuperado de uma profunda queda, o panorama de mercado mudou drasticamente.
Fabricantes asiáticas de automóveis, principalmente a Hyundai Motor da Coreia do Sul, assim como a Toyota Motor e a Honda Motor do Japão, tiveram grandes fatias de um mercado há muito tempo dominado por empresas europeias e dos Estados Unidos.
Vendas de carros novos no Brasil cresceram em 2017 pela primeira vez em cinco anos, levando tanto as fabricantes ocidentais como as japonesas a anunciarem planos para aumentar investimentos em antecipação de vendas maiores em um imenso mercado potencial de mais de 200 milhões de pessoas.
Até há poucos anos, o mercado era dominado por um trio de fabricantes – a Fiat da Itália, a Volkswagen da Alemanha e a General Motors dos Estados Unidos.
Mas isso começou a mudar enquanto uma bolha emergiu e colapsou repentinamente ao longo dos cinco anos. A participação de mercado combinado das três empresas caiu de 62% em 2012 para cerca de 44% em 2017.
As participações de asiáticas como a Hyundai e as grandes fabricantes japonesas, enquanto isso, começaram a aumentar.
A Fiat e a Volkswagen, em particular, perderam terreno de forma significativa, enquanto a participação de mercado da Hyundai – cujos carros podem ser vistos em vários lugares nas ruas do Brasil atualmente – aumentaram de 3% para 9,3%.
A participação da Toyota aumentou de 3,1% para 8,8% e a da Honda aumentou de 3,7% para 6%. Já a da Nissan Motor subiu de 2,9% para 3,6%.
Enquanto as vendas anuais da Toyota cresceram ao longo do período de cinco anos, suas vendas por cliente diminuíram devido à introdução do subcompacto Etios, que se encaixa na chamada zona de preço “volume”.
A Honda, enquanto isso, construiu uma nova fábrica no Brasil em antecipação a uma demanda maior, embora ela ainda tenha que entrar em operação.
De acordo com a Fenabrave, a federação nacional de distribuição de veículos automotores, as vendas de veículos novos no Brasil totalizaram 2,23 milhões de veículos em 2017, alta de 9,2% ante o ano anterior, mais ainda é menor do que o recorde de 3,8 milhões em 2012, quando um auge de recursos sustentou a economia.
Fonte: Nikkei Imagem: Bank Image