Um menino de oito anos morreu na madrugada de 25 de dezembro sob custódia da Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA (CBP), informou a agência.
Essa é a segunda criança guatemalteca que morre sob custódia da CBP neste mês.
O representante dos EUA, presidente eleito do Congressional Hispanic Caucus, identificou a criança em uma declaração como Felipe Alonzo-Gomez.
O menino, que foi detido junto com o pai, morreu logo depois da meia-noite no Centro Médico Regional Gerald Champion em Alamogordo, Novo México, a cerca de 144Km da passagem de fronteira em El Paso, no Texas.
O menino foi levado ao hospital na segunda-feira (24) após um agente de fronteira ter notado sinais de doença, e enfermeiros diagnosticaram uma gripe comum e depois febre.
“A criança ficou 90 minutos em observação e então liberada na tarde de 24 de dezembro com prescrições para amoxilina e ibuprofeno”, disse o CBP em nota.
A amoxilina é um antibiótico comumente prescrito.
Na noite de segunda-feira o menino começou a vomitar e foi levado de volta ao hospital para avaliação. Ele morreu horas depois, disse o CBP.
A causa oficial da morte é desconhecida. O CBP está conduzindo uma revisão e divulgará mais detalhes quando elas estiverem disponíveis, disse.
Caso anterior
Uma menina de sete anos, Jakelin Caal Maquin, fugiu da Guatemala com seu pai e, após sobreviver a uma jornada de mais de 3.000Km até o Novo México, ela morreu em 8 de dezembro, menos de 48 horas depois do CBP ter detido ela e seu pai.
Seu corpo foi repatriado no domingo (23) para a Guatemala e seu restos mortais iriam ser transportados até a comunidade indígena de Raxruha.
A morte de Jakelin marcou um outro foco de conflito no debate sobre a abordagem rígida da Casa Branca à aplicação da lei imigratória, com muitos questionando se um cuidado médico melhor não poderia ter salvado a vida da menina.
Imigrantes fogem da pobreza e violência de seus países
Milhares de imigrantes viajam da América Central até a fronteira dos EUA.
Os imigrantes dizem que estão fugindo da repressão, pobreza e violência em seus países, Guatemala, Honduras e El Salvador.
Muitos deles dizem que a meta é se estabelecer nos EUA, apesar de alertas de autoridades norte-americanas de que qualquer um que for pego entrando no país ilegalmente enfrentará termos de prisão, processo e deportação.
Fonte: CNN e The Guardian