Cenas em Caracas, capital da Venezuela (Twitter/@coweddle)
A Venezuela foi atingida por um outro corte de energia massivo, com a capital Caracas dentre as áreas afetadas.
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Acredita-se que pelo menos 18 dos 23 estados do país estejam no escuro.
A causa exata do corte continua incerta, mas com apagões anteriores, autoridades estão apontando o dedo para invasores hostis.
Uma declaração do governo venezuelano chamou o apagão de “ataque eletromagnético”, embora tenha parado brevemente de fornecer detalhes sobre quem pode estar por trás do alegado ataque ou como ele foi realizado.
A declaração enfatizou que as autoridades estavam trabalhando para restaurar os serviços de energia o mais rápido possível enquanto trabalham para lidar com o acesso à água potável, sistemas de transporte e necessidades em centros de saúde.
Em março a Venezuela foi atingida por uma série de cortes de energia, incluindo um que afetou todos os 23 estados e durou uma semana, levando a tumultos.
Um outro corte de energia em abril deixou amplas faixas do país no escuro. Entretanto, durou horas ao invés de dias.
Apagões esporádicos são comuns na Venezuela, onde a economia colapsou em meio a uma crise política.
No passado, o presidente Nicolás Maduro e outros oficiais de estado culparam o “terrorismo” e sabotagem da oposição, geralmente alegando envolvimento dos EUA.
A oposição, enquanto isso, disse que os cortes de energia são resultado de anos de corrupção e subinvestimento.
A companhia de energia estatal do país, a Corpolec, relatou anteriormente que uma interrupção havia afetado somente partes de Caracas.
O que está acontecendo na Venezuela?
O líder da oposição Juan Guaidó e o presidente Maduro estão em discordância desde janeiro deste ano, quando o primeiro invocou a constituição e se autodeclarou presidente interino.
Guaidó debateu que as eleições as quais haviam colocado Maduro de volta ao poder para um segundo mandato em 2018 não haviam sido livres e justas.
Desde então, mais de 50 países, incluindo os EUA e a maioria das nações na América Latina, reconheceram Guaidó como o líder legítimo da Venezuela.
Enquanto isso, uma severa crise econômica se exacerbou e uma escassez de comida e medicamentos aumentou ainda mais. Os números das Nações Unidas sugerem que 4 milhões de pessoas fugiram do país desde 2015.
Conversas preliminares entre Guaidó e Maduro foram realizadas em Oslo no mês de maio, mas eles acabaram sem entrar em um acordo. Entretanto, eles retomaram no início deste mês, com o ministério relações exteriores norueguês atuando como mediador.
Fonte: BBC