O Irã emitiu um mandado de prisão para o presidente Donald Trump pelo ataque com drone que matou um principal general iraniano em janeiro, disse a agência de notícias semioficial Fars na segunda-feira (29).
Trump é uma das 36 pessoas para as quais o Irã emitiu mandados de prisão em relação à morte de Qasem Soleimani, comandante do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, de acordo com a Fars, mas o procurador-geral do Teerã, Ali Alqasi Mehr, disse que Trump estava no topo da lista.
Mehr afirmou que Trump seria processado assim que ele terminar seu o mandato, reportou a Fars.
O Irã também disse que pediu à Interpol para emitir um Red Notice para esses 36 indivíduos, divulgou a agência de notícias semioficial ISNA, embora seja improvável que a organização garanta o pedido.
Em uma declaração à rede CNN, a Interpol disse que “não consideraria pedidos dessa natureza”. Ela explicou que o pedido não estava de acordo com suas regras e constituição, a qual afirma que “é estritamente proibido para a organização assumir qualquer intervenção ou atividades de caráter político, militar, religioso ou racial”.
“Acrobacia política”: oficial dos EUA
O representante especial dos EUA para o Irã, Brian Hook, chamou a ação de uma “acrobacia política” durante uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro de estado saudita para relações exteriores Adel Al-Jubeir na segunda-feira.
“É propaganda com a qual já estamos acostumados”, disse Hook. “Isso não tem nada a ver com segurança nacional, paz internacional ou promoção de estabilidade, então vemos isso para o que é – uma acrobacia de propaganda que ninguém leva a sério e faz os iranianos parecerem tolos”, acrescentou.
Soleimani foi morto em um ataque com drone dos EUA no Aeroporto Internacional de Bagdá em janeiro junto com outros 5, incluindo Abu Mahdi Al- Muhandis, vice-chefe das Forças de Mobilização Popular apoiadas pelo Irã.
O ataque, condenado pelo Irã e seus aliados como uma “assassinato”, levantou o espectro de mais desestabilização regional.
O Pentágono culpou Soleimani pelas mortes de centenas de americanos e aliados dos EUA nos meses antes de sua morte.
“O general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas americanos e membros de serviço no Iraque e por toda a região”, disse o Pentágono uma vez, chamando o ataque de ação de “defesa decisiva” destinada a impedir futuros golpes iranianos.
Fonte: CNN