Uma idosa morreu no Brasil após passar por cirurgia para remover um ultrarraro “bebê de pedra” que ela carregava dentro do corpo há 56 anos.
Daniela Almeida Vera, de 81 anos, faleceu um dia após a cirurgia no Hospital Regional de Ponta Porã no estado de Mato Grosso do Sul.
Os médicos haviam detectado o feto calcificado, em um tipo raro de gravidez ectópica, a litopedia, durante uma verificação após Daniela ter se queixado de dores no estômago.
A verificação foi feita após ela ter sido levada às pressas para o hospital com infecção generalizada.
Antes da descoberta do chocante do bebê de pedra, especialistas na área médica suspeitavam que ela tinha câncer.
Daniela, que é de uma tribo indígena e vivia em um assentamento perto da fronteira do Brasil com o Paraguai, deixa 7 filhos e 40 netos.
Sua operação ocorreu em 14 de março e ela morreu enquanto ainda estava na unidade de terapia intensiva no dia seguinte.
“Ela não gostava de ir ao médico e tinha medo do equipamento usado para realizar testes”, disse uma de suas filhas.
O fenômeno raro ocorre mais comumente quando um feto morre durante uma gravidez abdominal e é muito grande para ser reabsorvido pelo corpo e se calcifica no lado de fora como parte de uma reação a um corpo estranho, blindando o corpo da mãe do tecido morto e evitando infecção.
De acordo com um documento de 1996 no Jornal da Sociedade Real de Medicina, apenas 290 casos de litopedia foram documentados na história pela literatura médica.
Fonte: Daily Mail