Um grave acidente nuclear na Coreia do Sul poderia forçar a evacuação de mais de 28 milhões de pessoas no Japão, comparado a 24 milhões na terra natal do desastre, de acordo com um estudo divulgado no jornal Asahi.
O Japão também seria o mais afetado pela precipitação radioativa do que a própria Coreia do Sul em tal desastre, particularmente se isso ocorrer no inverno, quando fortes ventos do oeste soprariam substâncias radioativas ao longo do Mar do Japão, de acordo com uma simulação realizada pelo Conselho de Defesa de Recursos Naturais, um grupo de pesquisa com sede em Washington, Estados Unidos.
A simulação, com base em um cenário de uma crise que ocorre em etapas na planta nuclear de Kori, na cidade de Busan (Coreia do Sul), foi liderada por Kang Jung-min, um pesquisador sênior sul-coreano de física nuclear, e seus colegas.
Em situações no Japão e Coreia do Sul, Kang, de 51 anos, alertou repetidamente sobre a vulnerabilidade da Ásia a um severo acidente nuclear, dizendo que a região compartilha o “mesmo destino” independente da localização de tal desastre.
O complexo nuclear de Kori abriga 7 de todos os 25 reatores comerciais do país, tornando-o um dos maiores na Coreia do Sul. Seu mais antigo reator (e o primeiro no país) foi acionado em 1978.
O Leste Asiático abriga um dos maiores congestionamentos de instalações nucleares do mundo, disse Kang.
Japão, China e a Coreia do Sul, que promoveram a energia nuclear como política de estado por décadas, juntos, abrigam 100 reatores comerciais.
Várias instalações relacionadas ao tópico nuclear também estão concentradas na Coreia do Norte, principalmente em Yongbyon, norte de Pyongyang.
Se um grave acidente ocorresse na China, a poluição se espalharia de forma inevitável por toda a Coreia do Sul e depois atingiria o Japão.
“É por isso que as pessoas deveriam se interessar não apenas pelas questões nucleares de seus próprios países, mas também dos vizinhos”, disse Kang.
Fonte e imagens: Asahi