A Singapore Airlines eliminará 4,3 mil posições, incluindo 2,4 mil demissões, devido à queda prolongada na demanda por viagens causadas pela pandemia de coronavírus, disse ela na quinta-feira (10), tornando-se a mais recente companhia aérea global a anunciar grandes cortes de empregos.
Além das demissões, a companhia eliminará 1,9 mil empregos através de congelamento de recrutamentos e programas de aposentadoria voluntária em todas as suas três aéreas: Singapore Airlines, a de viagens de curto percurso SilkAir e a LCC Scoot.
A Singapore Airlines tinha uma média de 27.169 funcionários no ano fiscal que terminou em 31 de março, de acordo com o relatório anual da companhia. O corte de 4,3 mil posições se traduz em cerca de 16% da folha de pagamento da empresa.
A companhia não especificou quais departamentos e posições serão afetados, mas disse que as demissões ocorrerão em Singapura e no exterior.
“Essa decisão foi tomada à luz da longa estrada de recuperação para a indústria aérea global, devido ao impacto debilitante da pandemia de Covid-19, e da necessidade urgente para aéreas do grupo se adaptarem a um futuro incerto”, disse a Singapore Airlines em uma declaração na quinta-feira, citando que ela espera se manter operante a menos de 50% da capacidade em março do próximo ano.
Baseada da cidade-estado, a Singapore Airlines não têm mercados domésticos para se apoiar. Isso a coloca em uma posição difícil, mesmo quando países no mundo começam a abrandar rigorosos lockdowns em decorrência do coronavírus.
A companhia reportou uma perda líquida de 1,12 bilhão de dólares singapurianos (US$810 milhões) para o período abril-junho, com os lucros caindo 79% em relação ao ano anterior.
A Associação Internacional de Transportes Aéreos – IATA em julho previu que a demanda por viagens aéreas não retornaria aos níveis de 2019 até 2024.
Anteriormente, ela havia previsto que a recuperação poderia acontecer até 2023.
O número de passageiros globais neste ano deve ser 55% menor do que o ano passado, disse.
Fonte: Asia Nikkei