Toshiba aceita oferta pública de aquisição pela JIP

A gigantesca empresa de eletroeletrônicos, TI e telecomunicações parece que finalmente aceitou ser vendida.

Placa da Toshiba no topo do prédio em Tóquio (Flickr)

O conglomerado japonês Toshiba informou na quinta-feira (23) que decidiu aceitar uma oferta pública de aquisição (TOB) por uma coalizão como a Japan Industrial Partners (JIP)

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A deliberação foi aprovada na reunião do Conselho de Administração realizada no mesmo dia. Espera-se que o preço de compra seja de cerca de 2 trilhões de ienes

Depois de ter recebido a primeira proposta de aquisição na primavera de 2021, a reorganização da Toshiba passou por reviravoltas, como uma proposta de divisão.

Após deliberações de uma comissão especial constituída por administradores externos, o conselho de administração composto por 12 membros, incluindo os internos, decidiu aceitar a proposta da JIP. Parece que a aquisição da JIP levará a um aumento no valor corporativo e no retorno para os acionistas.

A aquisição será financiada por investimentos de cerca de 20 empresas japonesas, incluindo Orix, Rohm e Chubu Electric Power, bem como empréstimos de bancos japoneses. O plano é aumentar o valor corporativo da Toshiba enquanto colabora com as empresas investidas no lado comercial. Os acionistas da Toshiba, com vários ativistas, se tornarão igualmente das empresas adquirentes, tornando a tomada de decisão mais fácil.

Em abril de 2021, a CVC Capital Partners, com sede na Europa, fez uma oferta inicial para adquirir a Toshiba, mas as negociações foram posteriormente interrompidas. Em novembro do mesmo ano, a Toshiba anunciou um plano para dividir todo o grupo em 3 como medida para melhorar o valor corporativo. Depois de revisar o plano de dividir a empresa em duas em fevereiro de 2022, foi proposto em assembleia geral extraordinária de acionistas em março, mas foi rejeitado pela maioria dos acionistas. Desde então, a privatização tem sido a principal opção para a reestruturação.

Em 2015, a Toshiba enfrentou uma crise financeira devido a irregularidades contábeis e grandes perdas em sua subsidiária da usina nuclear nos EUA. Em 2017, a empresa aumentou seu capital em cerca de 600 bilhões de ienes para evitar o cheque especial por dois anos consecutivos. Vários ativistas se tornaram acionistas, e a situação continuou em que as estratégias de gestão eram influenciadas pelas opiniões dos acionistas.

Fontes: Nikkei e Mainichi

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Mudança favorável nas horas extras dos trabalhadores de PMEs

Publicado em 23 de março de 2023, em Tome Nota

Todo o trabalhador que faz horas extras tem o direito a recebê-las e no Japão, os percentuais mínimos estabelecidos por lei são 3.

Foto meramente ilustrativa de dinheiro de algumas horas extras (PM)

O trabalho realizado além da carga horária regular, de até 8 horas ao dia ou 40 horas semanais, deve ser pago com adicional que varia de 25 a 50%, chamado de pagamento de horas extras

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Até aqui é de conhecimento de todos os trabalhadores. Porém, a partir de 1.º abril deste ano o pagamento de horas extras que sejam iguais ou superiores a 60 horas em um mês, as empresas de todos os portes devem pagar mais por hora (veja tabela abaixo). 

Até 31 de março isso era obrigatório somente para as grandes empresas, mas a partir do novo ano fiscal as de pequeno e médio porte também devem fazê-lo.

Como se classificam as empresas no Japão 

A Agência das Pequenas e Médias Empresas, ligada ao Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI), classifica pelo tipo de atividade, capital e número de trabalhadores, conforme o quadro abaixo.

Portes das PMEs (METI)

Tabela de pagamento das horas extras

Assim sendo, se trabalha em empresas de pequeno e médio porte (PME) e costuma fazer horas extras, precisa ficar atento aos adicionais por hora trabalhada

De maneira resumida, os percentuais dos adicionais às horas extras são conforme tabela abaixo, que mostra o mínimo necessário a ser pago.

  • 25% ou mais para cada hora após as 8 horas da jornada ou das 40 horas semanais
  • 25% ou mais para cada hora após a soma de 45 horas extras no mês ou 360 horas no ano, sendo que a empresa deve fazer um esforço para pagar mais do que esse percentual
  • 35% ou mais por hora trabalhada em um dia de feriado ou folga semanal, chamado de kyujitsu teate (休日手当)
  • 25% ou mais por hora durante o expediente noturno, das 22h às 5h do dia seguinte
  • 50% ou mais para cada hora extra quando a soma delas ultrapassar 60 horas no mês, sendo que a aplicação para as PMEs é a partir de 1.º de abril

Reprodução do MHLW

Reprodução do MHLW

Antes de assinar o contrato de trabalho, todo trabalhador deve conferir como são pagas as horas extras e conferir detalhadamente os percentuais.

Vale lembrar que no Japão existe o karoshi (morte por excesso de trabalho). Quando o trabalhador excede 70 horas extras no mês, fica na linha vermelha do risco. Por isso, muito cuidado.

Outro detalhe importante a saber é sobre o salário mínimo vigente no país, o qual é definido pelos governos de cada província, pois este é outro direito do trabalhador, independente se é não regular (part time, arubaito e outros), haken, haken shain ou regular. 

Fontes: MHLW e METI

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