O número de mortos do tiroteio em massa a duas mesquitas na cidade de Christchurch subiu para 50, confirmou a polícia da Nova Zelândia no domingo (17), enquanto o país continua enfrentando os efeitos da atrocidade.
A 50ª vítima fatal foi encontrada na mesquita Al Noor, onde a maioria das pessoas foi morta, quando equipes estavam retirando corpos do local no sábado (16), disse o chefe da Polícia de Nova Zelândia Mike Bush aos repórteres no domingo.
Os nomes das vítimas não foram divulgados. Enquanto uma lista preliminar das vítimas foi compartilhada com as famílias, Bush disse que os corpos ainda não haviam sido liberados.
O número de feridos também subiu para 50, disse ele. Desses, 34 continuam internados no Hospital de Christchurch e a condição de saúde de 12 pessoas é grave, disse Greg Robertson, chefe de cirurgia do hospital.
Ele também informou que uma menina de 4 anos que foi transferida para o Hospital Starship em Auckland estava em estado grave.
Dois dias após os tiroteios, Brento Harris Tarrant, de 28 anos, parece ser a única pessoa detida que foi ligada ao ataque.
Três outras pessoas que haviam sido detidas anteriormente não estavam envolvidas no ataque, disse Bush, mas as autoridades não estão descartando a possibilidade de outros suspeitos.
Manifesto do suspeito foi enviado por e-mail antes do ataque
O suspeito enviou um manifesto de 87 páginas à primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinda Ardern minutos antes do início do ataque.
O secretário principal de Ardern, Andrew Campbell, disse ao CNN que o e-mail foi enviado a uma conta “genérica” mantida por funcionários e que não foi visto pela primeira-ministra.
O documento, também postado na mídia social antes dos tiroteios, estava repleto de escritas anti-imigrantes e antimuçulmanos. Autoridades se negaram a discutir potenciais motivos para o ataque.
Tarrant, que está enfrentando uma acusação de assassinato, fez um gesto com a mão associado aos supremacistas brancos quando ele apareceu no tribunal no sábado.
Ele permanece detido e reaparecerá no tribunal em 5 de abril.
Fonte: CNN