Ilustrativa (banco de imagens)
Imagine que você é um morador de Osaka que testou positivo para coronavírus. Após conversar sobre a situação com um médico, você é solicitado a fazer quarentena em casa, e receberá um pacote/envelope por correio com instruções mais detalhadas em poucos dias.
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Então, você vai para casa e em breve seu envelope chega com uma propaganda enorme de serviços funerários no verso.
“Osaka Municipal Funeral Hall – perguntas sobre serviços funerais, ligue para Koekisha CO., Ltd”, dizia o texto em fontes largas na parte superior esquerda da propaganda. Os serviços de consulta gratuita prometem explicar sobre preços e opções para oferecer aos clientes uma imagem concreta de qual tipo de funeral a companhia pode fornecer.
“Toda a minha energia se foi”, disse um residente de Osaka que recebeu a combinação de pacote/envelope, “e me sinto tão sem esperança. É como se minha existência estivesse sendo negada, e toda vez que penso nisso, começo a chorar. Esse tipo de falta de cuidado pode ser uma fonte de estresse psicológico para as pessoas que estão infectadas”.
Outros que receberam o envelope também registraram reclamações, e alguns apontaram que a sequência 567 no centro do número de telefone pode ser lida como “corona” (ao alterar 5, geralmente go para ko e tirando as primeiras sílabas de 6/roku e 7/nana).
Os envelopes foram enviados por um escritório de saúde em Osaka.
Em 2006, a cidade começou a vender espaço para propaganda no verso de seus envelopes como parte de uma iniciativa para arrecadar fundos e é simplesmente uma coincidência lamentável que os envelopes distribuídos pelos escritórios de saúde tinham a propaganda de serviço funerário da companhia anexada a eles.
Nenhuma escolha deliberada foi feita para conectar a correspondência com infectados por coronavírus e as propagandas de funeral.
“Usamos somente os envelopes que tínhamos disponíveis na hora, sem se conscientizar sobre o problema em potencial”, explicou o porta-voz do escritório da saúde”, e um pessoa representando a divisão de contas da cidade de Osaka disse que “enquanto não colocamos propositalmente informações para infectados por coronavírus dentro dos envelopes com propaganda de serviços funerários, não mostramos consideração apropriada”.
Igualmente, a Koekisha vem usando o número 567 integrado há mais de 10 anos, então ele remonta bem antes do início da pandemia de coronavírus.
O escritório da saúde está agora no processo de obter novos envelopes sem as propagandas funerárias.
Fonte: Sora News