Um grupo internacional de pesquisa que está conduzindo estágios finais de ensaios clínicos de um novo tratamento para doença de Alzheimer diz que confirmou a eficácia do medicamento em reduzir a progressão da doença.
A farmacêutica japonesa Eisai vem testando o medicamento lecanemab junto com a Universidade de Tóquio, a Escola de Medicina da Universidade Yale e outros.
Eles anunciaram a descoberta no New England Journal of Medicine na terça-feira (29).
Os ensaios clínicos visaram cerca de 1,8 mil pacientes em estágio inicial de Alzheimer com idades entre 50 e 90 anos. Eles foram divididos em dois grupos, um para o qual foi administrado o novo medicamento e o outro recebeu placebo.
Uma comparação dos dois grupos após 18 meses mostrou que o lecanemab reduziu a taxa de declínio cognitivo em cerca de 27%.
Os pacientes para os quais foi administrado o medicamento também apresentaram uma diminuição significativa nos depósitos que se formam no cérebro de beta amiloides, uma proteína incomum a qual dizem desencadear o Alzheimer.
Por outro lado, 17,3% daqueles que receberam o medicamento sofreram hemorragias no cérebro, e 12,6% desenvolveram edema cerebral. Ambas as porcentagens foram maiores do que aquelas para o grupo do placebo.
O grupo continuará a pesquisa para confirmar a segurança a longo prazo do medicamento.
Takeshi Iwatsubo, professor na Universidade de Tóquio, diz que o fato de ter sido descoberto que o medicamento é eficaz em reduzir o declínio cognitivo marca uma nova era.
A Eisai planeja solicitar aprovação do medicamento junto a reguladoras nos EUA, Japão e na União Europeia até o fim de março do próximo ano.
Fonte: NHK