Embora o Japão não seja um dos países do mundo que mais consomem bebidas alcoólicas per capita anualmente, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde, atualizados em 2018, pois os da Europa e Américas chegam de 12 a 16 litros anuais, o governo japonês publicou diretrizes sobre os malefícios para a saúde.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) resumiu os principais riscos e efeitos da bebida no organismo.
Segundo as diretrizes, tomar uma lata de cerveja longa todos os dias aumenta o risco de desenvolver câncer colorretal, por exemplo.
Os idosos são especialmente suscetíveis a ficarem embriagados devido à diminuição da quantidade de água no corpo e, se beberem mais do que uma determinada quantidade, têm maior probabilidade de desenvolver demência.
Além disso, os jovens na adolescência e na faixa dos vinte anos estão na fase de desenvolvimento do cérebro e há evidências de que beber muito álcool pode ter a função cerebral reduzida e pode aumentar o risco de desenvolver pressão alta.
As mulheres são mais suscetíveis aos efeitos do álcool do que os homens, e mesmo pequenas quantidades podem aumentar o risco de cirrose hepática.
Para reduzir os riscos para a saúde, as diretrizes recomendam uma gestão da saúde baseada no “teor alcoólico puro” contido nas bebidas alcoólicas. A quantidade desse “álcool puro” pode ser calculada multiplicando o teor alcoólico, a quantidade da bebida alcoólica consumida e a gravidade específica do álcool que é de 0,8.
O plano básico estabelecido pelo governo para gestão da saúde estabelece que a quantidade diária de “álcool puro” que aumenta o risco de doenças relacionadas com o estilo de vida é de 40 gramas ou mais para os homens e 20 gramas ou mais para as mulheres. Vale lembrar que 20 gramas equivalem a uma garrafa de cerveja (500ml) ou a um copo de saquê (180ml).
Caso queira ler as diretrizes (em japonês), toque aqui.
Fontes: MHLW e Sankei