Um tribunal tailandês condenou uma mulher a mais de 43 anos de prisão por criticar a família real.
Acredita-se que essa seja a condenação mais longa já decidida por violar a lei de lesa-majestade do país. Grupos da direita manifestaram preocupação de que isso representa uma ameaça de liberdade de expressão.
O Tribunal Criminal de Bangkok considerou culpada a ex-funcionária pública Anchan Preelert por 29 violações de compartilhar clipes de áudio na mídia social que foram vistos como insulto à monarquia. A rigorosa lei de lesa-majestade do país implica uma pena de 3 a 15 anos por cada violação.
A mulher de 65 anos, que foi presa em 2015, inicialmente foi condenada a 87 anos de prisão, mas o termo foi reduzido pela metade porque ela concordou em confessar a culpa.
A sentença ocorre em um momento quando a polícia está cada vez mais abordando manifestantes antigoverno que questionam abertamente o papel e riqueza da família real.
Nos meses recentes, mais de 40 manifestantes foram chamados para interrogatório da polícia, mas nenhum foi preso.
Na semana passada, um estudante que havia participado de vários protestos foi preso e depois solto sob fiança após ter sido pego criticando a monarquia.
Advogados dizem que essa foi a primeira vez que a lei foi aplicada a manifestantes.
Fonte: NHK