Violência nas escolas do Brasil: precisamos discutir

A escola ainda é um lugar seguro para as crianças? Pais preocupados e crianças com medo, como lidar com esta situação?

Violência nas escolas: criança com medo de atirador (ilustrativa)

Sim, é preciso falar sobre a violência nas escolas brasileiras, até porque muitos verde amarelos vivem no Japão a trabalho, mas têm filhos estudando no Brasil sob os cuidados de familiares ou pretendem voltar e continuar os estudos das crianças. Então essa angústia também pode ser sua!

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Vamos refletir juntos?

Este é o tema do momento em todos os meios de comunicação no Brasil e no mundo! Ainda é cedo para afirmar se o número de atentados nas escolas aumentou ou se foram os holofotes das mídias que se voltaram com total foco para uma questão que já vinha acontecendo há tempos e, que por questões políticas ou não, não recebiam tanta atenção.

O fato é que no dia 5 de abril houve um ataque na creche infantil Bom Pastor na cidade de Blumenau (SC), onde um homem invadiu o pátio e matou quatro crianças com idades entre 5 e 7 anos, ferindo outras que foram hospitalizadas.

Infelizmente esse não foi um ataque isolado. Nos últimos oito meses, outros 9 casos trágicos como este foram registrados no Brasil, o que vem causando muita comoção, preocupação e ansiedade, tanto nos pais, quanto em seus filhos.

A escola não é mais um lugar seguro?

As questões que ficam são:

  • a escola não é mais um lugar seguro para as crianças?
  • Será que deve ser reivindicada segurança armada nas escolas?
  • Será que a segurança armada não aumentaria a violência de um modo geral, pelo simples fato das crianças se depararem com essas escoltas todos os dias, impregnando as suas lembranças tão inocentes e puras da infância, com fardas, cassetetes à mostra, portas blindadas e todo o arsenal de guerra?

Por mais que cada atentado seja uma situação traumatizante e terrivelmente triste, ainda são casos isolados, portanto a escola continua sendo um dos locais mais seguros para os seus filhos sim e, lamentavelmente, essas tragédias não serão freadas com medidas de seguranças simples dentro das escolas. O “buraco é mais embaixo”, passando por problemas antigos de ordem social e econômico do país.

Claro que um segurança a mais protegeria “um pouco” mais aqueles alunos por um tempo, mas isso não deve ser tratado como uma solução.

O problema não é a escola, mas quem a ataca, quem a invade, quem mata!

Crianças com medo, pais receosos. Como lidar com esta situação?

O medo é um sentimento natural e deve existir em nossas vidas até para nos proteger. Imagine se você não tivesse medo de nada? Certamente se colocaria em situações de risco a todo momento. Então, a questão não é a existência do medo, mas a intensidade dele.

Nesses casos, a psicoterapia é recomendada para ajudar a pessoa a identificar e nomear corretamente o que sente. Reconhecer quando é medo, ansiedade, alerta e pânico, por exemplo, o auxiliaria muito no manejo do seu autocontrole.

O apoio dos pais é fundamental, então encoraje o seu filho a continuar indo à escola e lembre-o de que o que estão acontecendo são fatos isolados.

Não alimentar a sua mente nem da sua família com notícias da internet o tempo todo também pode ajudar. Quanto mais você acessar as notícias de fontes duvidosas, além de correr mais riscos de ler, acreditar e disseminar as fake news, você também estará contribuindo para aumentar a sua ansiedade em relação ao tema.

Quanto aos atendimentos psicológicos que tenho realizado, as questões mais comuns trazidas pelos pacientes envolvem o desejo deles de desenvolver habilidades para observar o outro numa tentativa de evitar um novo ataque, o qual ninguém sabe quando e onde será. Acredito que esta seja uma das maiores angústias: será que a próxima escola será a minha?

Para isto, os pais devem se envolver cada vez mais nas vivências dos filhos na escola, exigindo, inclusive, a contratação de profissionais da área da saúde mental para amenizar os impactos desses medos.

Não é entrando na paranoia de achar que seu colega do lado poderá atacar alguém por causa de alguns comportamentos que vai trazer alívio emocional, muito pelo contrário. Só não fique distraído, mas tente relaxar a mente e seguir com sua rotina.

Como superar e seguir em frente

Sempre que precisamos superar obstáculos e desafios que abalaram a nossa capacidade de seguir com a vida, é importante olhar ao redor e pensar quem compõe a sua rede de apoio, seus familiares, um amigo, um vizinho, ou seja, uma rede de pessoas capazes de te acolher num momento de angústia e que você confie. Assim poderá recorrer quando quiser desabafar.

Busque ajuda psicológica e invista no seu autoconhecimento.

Experimente estas dicas simples:

  • Faça reuniões em família, deixe seus filhos falarem. O diálogo pode aproximá-los e, com o tempo, seus filhos começam a perceber que existe espaço para contar as coisas deles, o que acontece no ambiente escolar ou com os amigos. Para os pais, saber o que acontece na escola através dos filhos pode deixá-los menos ansiosos.
  • Visite a escola regularmente. Os filhos sentem confiança sabendo que você (ou o tutor dele no caso de estar no Japão) está presente, atento, como parceiro e cuidador, mas cuidado com o contexto. Se os pais não se dão bem com seu filho, ir à escola com certa regularidade pode indicar perseguição e, ao invés de ajudar, só vai piorar as coisas. Tudo depende!

Caso queira conversar sobre este assunto ou procurar orientações psicológicas, entre em contato com a autora e solicite atendimento.

Psicóloga Flavia Shiroma de Paula (toque para conectar no Instagram) ou (toque para conectar no Whatsapp)

Se você deseja iniciar um processo de psicoterapia, não hesite em entrar em contato. Cuide sempre as sua saúde mental.

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Os textos publicados nesta página não refletem necessariamente a opinião do Portal Mie, são de criação e responsabilidade do autor Psicóloga Flavia Shiroma de Paula

Flavia Shiroma de Paula (CRP 14/09688) – Psicóloga graduada pelo Centro Universitário Unigran Capital e pós-graduanda em Psicanálise pelo ESPE. Residiu no Japão por 10 anos. Atualmente realiza palestras para pais, alunos e professores e oferece atendimento clínico nas modalidades presencial
ou online.

Para solicitar informações sobre atendimentos:
Instagram: @psi.flaviadepaula (toque para abrir)
WhatsApp: +55-67-996707381 (toque para conectar)

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Vendas de máscara no Japão têm queda após relaxamento das regras do governo

Publicado em 19 de abril de 2023, em Sociedade

Embora o uso de máscara tenha se tornado habitual durante a pandemia de coronavírus, parece que as pessoas estão gradualmente abandonando o item de proteção.

Ilustrativa (banco de imagens)

As vendas de máscaras a nível nacional caíram em quase 30% desde o relaxamento das regras de uso do item de proteção em março, de acordo com uma análise da Toshiba Corp.

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Embora o uso de máscara tenha se tornado habitual durante a pandemia de coronavírus, parece que as pessoas estão gradualmente abandonando o item de proteção.

A Toshiba analisou dados de compras de cerca de 1,2 milhão de usuários de seu serviço de recibo eletrônico de janeiro até março deste ano.

O serviço permite que os clientes vejam seus detalhes de compras em um app especial ao invés de um recibo de papel. Desde o fim de março, 13.619 lojas de 417 companhias haviam introduzido o serviço.

Em 13 de março, o governo central começou a deixar o uso ou não de máscara como decisão pessoal.

As vendas semanais de máscaras eram de aproximadamente ¥6.23 milhões de 13 a 19 de março, mas caíram em cerca de 28%, para ¥4.51 milhões de 20 a 26 de março.

Comparadas aos cerca de ¥7 milhões registrados durante a semana de maior venda do ano de 23 a 29 de janeiro, as vendas caíram aproximadamente 36%.

Fonte: Mainichi

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