A mpox “não é nova Covid” e o risco para a população em geral é baixo, de acordo com o diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em uma declaração publicada na terça-feira (20), o Dr. Hans Kluge rejeitou comparações entre a mpox e a pandemia de coronavírus.
“Podemos, e devemos, combater a mpox juntos – por todas as regiões e continentes”, disse Kluge.
“Escolheremos colocar os sistemas em vigor para controlar e eliminar a mpox globalmente ou entraremos em um outro ciclo de pânico e então negligência?”, acrescentou ele.
“A maneira que respondemos agora, e nos anos que virão, provará ser um teste crítico para a Europa – e o mundo”.
A OMS declarou recentemente a mpox como uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em 2 anos. Ela seguiu um surto da doença na República Democrática do Congo (RDC) que se espalhou para países africanos vizinhos.
Antigamente conhecida como varíola dos macacos, a mpox é uma infecção viral que se espalha através de contato próximo e é mais comumente encontrada na África Central ou Ocidental.
Ela é classificada em 2 cepas virais distintas, ou clados.
A clado I, que é endêmica na África Central, é conhecida por causar doença mais grave e morte.
Alguns surtos mataram até 10% das pessoas que contraíram a doença, embora surtos mais recentes tenham tido taxas de óbitos menores, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Endêmica na África Ocidental, a clado II é o grupo viral que causou o surto global de mpox em 2022.
Sabe-se que as infecções pela clado II são menos graves, com o CDC dizendo que mais de 99.9% das pessoas sobrevivem a essa cepa.
Em 15 de agosto a Suécia se tornou o primeiro país fora da África a registrar um caso da variante clado I da mpox no centro do surto mais recente.
Fonte: CNBC